CNC: Seguindo tendência de outras commodities, cotações internacionais do café acumularam queda em novembro

Publicado em 02/12/2015 13:57 e atualizado em 02/12/2015 14:30

Boletim Conjuntural do Mercado de Café
— Novembro de 2015 —

Apesar do cenário de aperto na oferta mundial, as cotações futuras do café acumularam queda em novembro, seguindo a tendência de grande parte das commodities.

A partir da terceira semana de novembro, o Contrato C, negociado na ICE Futures US, chegou a ensaiar recuperação, atingindo a máxima de fechamento do mês de US$ 1,2555, no dia 25. Posteriormente, o fortalecimento do dólar resultou na devolução dos ganhos acumulados.

No Brasil, o dólar comercial encerrou novembro a R$ 3,8865, com valorização mensal de 0,7% ante o real. A volatilidade elevada tende a continuar sendo característica do mercado cambial, dado o cenário político e a crise econômica no País.

 

Na ICE Futures US, o vencimento março/2016 do contrato C acumulou queda de 460 pontos, sendo cotado a US$ 1,1965 por libra-peso no último dia de novembro. A cotação média mensal, de US$ 1,2127, foi 36,5% inferior à do mesmo período de 2014. Quando convertidas para reais, as cotações de Nova York foram 6% inferiores ao patamar médio de novembro do ano passado.

Os estoques certificados de arábica da bolsa nova-iorquina mantiveram a tendência de queda, diminuindo 60 mil sacas e encerrando o mês em 1,836 milhão de sacas. O volume estocado encontra-se em patamar 21% abaixo do observado no mesmo período do ano anterior, de 2,34 milhões de sacas.

O mercado futuro da variedade robusta, negociado na ICE Futures Europe, apresentou forte queda em novembro, influenciada pelo avanço da colheita vietnamita. O vencimento janeiro/2016 foi cotado a US$ 1.478 por tonelada no último dia de novembro, com desvalorização de US$ 165 em relação ao fechamento de outubro. A cotação média mensal, de US$ 1.579/t, foi 23,5% inferior à do mesmo mês de 2014.

Os estoques certificados de robusta monitorados pela Bolsa de Londres apresentaram redução de, aproximadamente, 72 mil sacas, encerrando o mês em 3,35 milhões de sacas. Este volume é 61% superior ao estocado em novembro de 2014.

 

No mercado físico, as cotações dos cafés arábica e conilon tiveram desempenhos divergentes, com o robusta renovando recordes nominais ao longo do mês, enquanto que o arábica recuou levemente. Os negócios permaneceram relativamente calmos, com aquecimento das vendas somente nos momentos internos de pico de preços. No encerramento de novembro, a variedade arábica foi cotada a R$ 465,53 por saca e a robusta a R$ 375,88 por saca, com variações de -1,3% e 0,5%, respectivamente.

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CNC

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