Café: Após registrar alta pela manhã, cotações do arábica voltam ao campo negativo nesta 4ª feira
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a operar do lado vermelho da tabela nesta manhã de quarta-feira (23) após iniciar a sessão com ligeiros ganhos. O mercado registrou queda nas últimas três sessões acompanhando o câmbio e sendo pressionado também por expectativas mais otimistas para a safra de café do Brasil na próxima temporada.
Por volta das 11h05, os lotes com vencimento para dezembro/15 estavam cotados a US$ 115,25 cents/lb com baixa de 20 pontos, o março/16 tinha US$ 118,50 cents/lb e desvalorização de 25 pontos. Já o vencimento maio/16 registrava US$ 120,85 cents/lb e o julho/16 valia US$ 122,85 cents/lb, ambos com 15 pontos negativos.
Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Com queda de quase 200 pts, Bolsa de Nova York volta a se aproximar do patamar de US$ 1,15/lb
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira (22). O mercado sente a pressão do câmbio e da expectativa de uma melhor produção no Brasil na próxima temporada. Com esta baixa de quase 200 pontos, os principais vencimentos se distanciam ainda mais do patamar de US$ 1,20 por libra-peso e se aproximam de US$ 1,15/lb.
Os lotes para entrega em dezembro/15 registraram hoje 115,30 cents/lb com recuo de 195 pontos, mas chegaram a tocar durante a sessão o menor patamar em 20 meses. O março/16 teve 118,60 cents/lb e 200 pontos negativos, o maio/16 encerrou negociado a 121,00 cents/lb com recuo de 185 pontos. O contrato julho/16 fechou o pregão cotado a 123,00 cents/lb com 175 pontos de desvalorização.
Nesta terça-feira, o dólar alcançou o nível mais alto na história com R$ 4,05. Os investidores ainda seguem atentos as incertezas na situação fiscal e econômica do Brasil, e na perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos. A moeda fechou o pregão cotada a R$ 4,0538 reais com 1,83% de alta.
O dólar mais valorizado ante o real acaba encorajando as exportações da commodity e aumentando a receita em dólar. Com isso, os agentes em Nova York acabam derrubando as cotações.
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"Para amanhã é possível que a adrenalina nos mercados continue a prevalecer, já que não há no front, nenhum fato novo que tenha força e determinação suficiente para mudar o perfil e o humor das cotações", afirma o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Traders acreditam que nos próximos dias o vencimento dezembro/15 possa buscar o nível de 115,00 cents/lb. Esta situação pode abrir espaço para liquidações mais efetivas.
No aspecto fundamental, as floradas recentes nas principais regiões produtoras do Brasil, em um primeiro indício de como será a safra 2016, também acaba contribuindo para a desvalorização das cotações do arábica no mercado externo. A expectativa é boa após dois anos de safras decepcionantes.
Mercado interno
As negociações no mercado físico brasileiro são escassas. "O setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas deixando as praças de comercialização dentro de um grande vazio de ofertas e expectativas", afirma Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 552,00 e alta de 0,55%. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com valorização de 1,96% e saca cotada a R$ 520,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação também em Guaxupé (MG) com R$ 552,00 a saca e valorização de 0,55%. A maior variação no dia ocorreu em Franca (SP) que teve recuo de 4,08%, para R$ 470,00 a saca.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com R$ 494,00 a saca e alta de 0,61%. A maior oscilação ocorreu em Araguarí (MG) com valorização de 6,52% e R$ 490,00 a saca.
Na segunda-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou baixa de 0,67% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 453,23.
Bolsa de Londres
As cotações do café robusta na ICE Futures Europe tiveram mais um dia de queda nesta terça-feira. O vencimento novembro/15 está cotado a US$ 1501,00 por tonelada com recuo de US$ 32, o janeiro/16 teve US$ 1516,00 por tonelada e desvalorização de US$ 31. O contrato março/16 registrou US$ 1529,00 por tonelada e US$ 35 de baixa.
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