Café: Após dia de volatilidade e com foco no mercado financeiro, Nova York fecha em campo negativo nesta 6ª feira

Nesta sexta-feira (18), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures) encerrou o pregão em campo negativo, após sessão de volatilidade. Pela manhã, o mercado registrava ganhos nos principais contratos, mas encerrou o dia próximo da estabilidade. Segundo analistas, quase não há fatores fundamentais interferindo no mercado.

Com isso, o vencimento dezembro/15 encerrou com queda de apenas 10 pontos, cotado a US$ 118,45 cents/lb. Março/16 fechou com perdas de 20 pontos e valendo US$ 121,75 cents/lb. Já Maio/16 encerra a semana a US$ 123,95 cents/lb, enquanto julho/16 anotava US$ 125,95 cents/lb e perdas de 15 pontos.

No pregão de hoje, as cotações em Nova York tiveram amplitude menor do que aquelas observadas em semanas anteriores, apesar da volatilidade. Por outro lado, o dólar apresentou valorização significativa ante o real, fechando o dia com alta de 1,96% e cotado a R$ 3,96, segundo maior nível de fechamento na história, de acordo com informações da Reuters.  Para analistas, os fatores políticos e econômicos têm ditado os preços no mercado internacional, com investidores temendo que o Brasil volte a perder o grau de investimento por outras agências internacionais de risco.

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No quadro fundamental, floradas foram registradas no Brasil, que traz uma noção de como será a qualidade do café para a próxima safra. Segundo o analista do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, teoricamente a situação pode impactar e trazer pressão nos preços em Nova York, porém não acredita que as cotações possam ceder ainda mais neste momento.

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Estoques

Nos Estados Unidos, a Green Coffe Association (GCA) divulgou os estoques de café verde (em grão) referente ao mês de agosto. Os números apontam para um aumento de 239.814 sacas de 60 kg, totalizando 6.123.163 sacas. No final de julho, o levantamento apontava para 5.883.349 sacas de 60 kg.

Colheita

De acordo com informações divulgadas pela Cooxupé hoje, a colheita de café dos cooperados avançou para 93,34% até 12 de setembro, alta de pouco mais de 4% ante a semana anterior.

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Mercado interno

Com as valorizações do dólar, os negócios têm sido favorecidos e já há mais produtores ofertando a produção. Apesar disto, segundo Eduardo Carvalhaes, os cafeicultores ainda não estão satisfeitos com os preços no mercado físico, visto que os custos de produção têm subido consideravelmente.

Levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que para o café cereja descascado, Guaxupé (MG) foi a praça que teve maior variação. Na região, os preços subiram 3,03%, com a saca de 60 kg valendo R$ 544,00. Em Poços de Caldas (MG), o aumento foi de 2,44%, com negócios a R$ 504,00 por saca.

Para o café tipo 4, a saca de 60 kg apresentou aumento de 3,03% em Guaxupé (MG), com cotação de R$ 544. Em Franca (SP), a saca teve valorização de 2,13% e negócios a R$ 480,00. Já em Poços de Caldas (MG), a semana encerra com cotação de 468,00 por saca, após o acréscimo de 1,96%.

O café tipo 6, a maior variação ocorreu em Espirito Santo do Pinhal (SP), em que o valor por saca teve crescimento de 5,56% e fechou a semana valendo R$ 475,00. Também foi registrada alta em Guaxupé (MG), de 3,18%, e negócios a R$ 486,00 por saca.

Na quinta-feira (16), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,36% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 457,11.

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