Café: Mesmo com pressão do dólar, cotações em NY se mantém acima de US$ 1,20/lb
A alta do dólar ante o real voltou a pressionar as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) nesta terça-feira (1º). Os principais vencimentos registraram na sessão de hoje queda de 300 pontos. O pregão foi marcado por intensa volatilidade, chegando a testar o patamar de US$ 1,25 por libra-peso.
Os lotes com vencimento para dezembro/15 anotaram 120,80 cents/lb com baixa de 350 pontos, o março/16 teve 124,30 cents/lb com recuo de 345 pontos. O contrato maio/16 registrou 126,60 cents/lb e 335 pontos negativos e o julho/16 encerrou o dia com 128,70 cents/lb e desvalorização de 330 pontos.
"O mercado reflete a valorização do dólar ante o real. O Brasil é o maior exportador da commodity e isso sempre mexe com as cotações", explica o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach. A moeda estrangeira mais valorizada encoraja as exportações.
Ainda de acordo com o analista, a questão financeira ainda deve prevalecer por alguns dias no mercado.
Nesta terça-feira, o dólar encerrou a sessão cotado a R$ 3,6880 na venda, com alta de 1,68%. Mas chegou a atingir durante o dia R$ 3,70 pela primeira vez desde 2002. Os operadores refletem a aversão ao risco nos mercados externos diante de preocupações com a China.
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Paralelamente, no aspecto fundamental, os operadores no terminal norte-americano acompanham as condições climáticas no Brasil. A maior parte das lavouras estão com os trabalhos praticamente encerrados da safra atual.
De acordo com informações reportadas pela Reuters com base em seu serviço de meteorologia, o clima quente e seco nas áreas produtoras do Sudeste deve favorecer a finalização dos trabalhos no campo.
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Mercado interno
Segundo Barabach, depois que os preços no mercado se afastaram um pouco dos R$ 500,00 a saca, acontecem poucos negócios nas praças de comercialização. "O dólar em alta ajuda a sustentar os preços. Entretanto, o vendedor sumiu. Há negócios mais com cafés finos", afirma o analista.
O cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé (MG) com saca cotada a R$ 537,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada em Varginha (MG) onde a saca subiu 2%, para R$ 510,00.
O tipo 4/5 também registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 537,00 - estável. A maior variação ocorreu em Poços de Caldas (MG) onde a saca caiu 1,07%, para R$ 462,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Araguarí (MG) com R$ 480,00 - estável. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Espírito Santo do Pinhal (SP) com baixa de 3,23% e saca está cotada a R$ 450,00.
Na segunda-feira (31), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 1,00% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 445,05.
Bolsa de Londres
Os negócios na ICE Futures Europe para o café robusta foram retomados nesta terça-feira após o feriado "Summer Bank Holiday", comemorado ontem em Londres. Os principais contratos fecharam a sessão no campo misto.
O vencimento setembro/15 está cotado a US$ 1597,00 por tonelada com alta de US$ 16, o novembro/15 teve US$ 1601,00 e o janeiro/16 anotou US$ 1618,00 por tonelada, ambos com desvalorização de 10 pontos.
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