Café: Bolsa de Nova York vira e recua mais de 100 pts com valorização do dólar ante o real
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova YorK (ICE Futures US) operam em baixa nesta terça-feira (1º), após operar no campo misto no início do pregão. O mercado volta a registrar intensa volatilidade assim como na sessão anterior. A valorização do dólar ante o real e aspectos ténicos são os principais fatores de pressão.
Por volta das 11h38, o vencimento dezembro/15 anotava 122,95 cents/lb com baixa de 135 pontos, o março/16 tinha 126,35 cents/lb com desvalorização de 140 pontos. O contrato maio/16 registrava 128,50 cents/lb com 145 pontos negativos e o julho/16 operava com 130,75 cents/lb com 125 pontos de recuo.
Após um período se baseando mais em fundamentos, como as incertezas em relação ao potencial produtivo do Brasil. Os operadores em Nova York voltam a refletir aspectos técnicos. A valorização do dólar ante o real pressiona as cotações do arábica no terminal norte-americano. A moeda estrangeira mais valorizada ante o real encoraja as exportações da commodity.
Às 11h20, a moeda norte-americana subia 1,13%, a cotada a R$ 3,6681. Os operadores refletem a aversão ao risco nos mercados externos diante de preocupações com a China.
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Veja como fechou o mercado na terça-feira:
Café: Após forte volatilidade, Bolsa de NY encerra esta 2ª feira com cotações próximas da estabilidade
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam esta segunda-feira (31) com leves ganhos. A sessão foi marcada por intensa volatilidade, as cotações chegaram a operar nos dois campos durante o pregão. Para se ter uma ideia, o vencimento dezembro/15 oscilou 510 pontos durante o dia entre a máxima 126,85 cents por libra-peso (280 de alta) e a mínima 121,75 cents/lb (230 de baixa).
Os lotes com vencimento para dezembro/15 anotaram 124,30 cents/lb e o março/16 teve 127,75 cents/lb, ambos com avanço de 25 pontos. O contrato maio/16 registrou 129,95 cents/lb e o julho/16 encerrou o dia com 132,00 cents/lb, ambos os contratos registraram 20 pontos de valorização.
No lado baixista, pesou hoje de manhã sobre o mercado a forte valorização do dólar ante o real, que encoraja as exportações da commodity. A moeda estrangeira chegou a avançar 2% durante o dia e atingiu o maior nível intradia em 12 anos. O dólar encerrou a sessão cotado a R$ 3,6271 na venda com alta de 1,17%.
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No entanto, as dúvidas em relação ao potencial produtivo do Brasil ajudou a impulsionar as cotações no início da tarde. Estimativas estrangeiras apontam uma safra brasileira em cerca de 50 milhões de sacas, enquanto instituições brasileiras reportam a produção do Brasil em 40 milhões de sacas. Aspectos técnicos também contribuíram para o fechamento no lado azul da tabela.
De acordo com o analista da Origem Corretora, Anilton Machado, as cotações no terminal norte-americano nesta segunda apresentaram ajustes. "O mercado oscilou muito durante o dia acompanhando o câmbio, também há um ajuste de final de mês. Acredito que o suporte de US$ 1,20 por libra-peso deve ser mantido nos próximos dias", afirma o analista.
Vale lembrar que a colheita da safra 2015/16 de café se encaminha para o final. Mais de 80% das lavouras já foram colhidas em todo o cinturão produtor. As previsões climáticas para esta semana favorecem o término dos trabalhos uma vez que não há previsão para chuvas até quinta-feira sobre as regiões Sul, Sudeste, Centro-oeste. As informações são da Somar Meteorologia.
Mercado interno
De acordo com Machado, poucos negócios acontecem no mercado físico. Os produtores se esforçam para cumprir as vendas agendadas e há transações apenas com os melhores tipos. Estes, por sua vez, são os mais valorizações. Estão em cerca de R$ 500,00 a saca.
O cereja descascado teve maior valor de negociação hoje na cidade de Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca cotada a R$ 550,00 e alta de 7,84%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 537,00 a saca e valorização de 0,56%. A maior variação ocorreu em Poços de Caldas (MG) onde a saca subiu 1,08%, para R$ 467,00.
O tipo 6 duro teve maior valor de negociação na cidade de Araguarí (MG) com R$ 480,00 a saca - estável. A maior oscilação no dia foi registrada na cidade de Poços de Caldas (MG) com avanço de 2,04% e saca está cotada a R$ 451,00.
Na sexta-feira (28), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou queda de 1,76% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 440,65.
Bolsa de Londres
Nesta segunda-feira (31), a ICE Futures Europe não teve pregão em Londres por conta do Summer Bank Holiday. Os negócios devem ser retomados amanhã (1).
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