CNA destaca prioridade no registro de inseticidas para combater broca-do-café
Alguns defensivos agrícolas terão prioridade de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), entre eles o de uso para combater a broca-do-café, uma das pragas que mais preocupa os cafeicultores em razão dos prejuízos econômicos. Foi publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira (24/.8) a Portaria Nº 5, de 21 de agosto de 2015, do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV/MAPA), que define as pragas de maior risco fitossanitário nas principais culturas agrícolas nacionais, para fins de priorizar os processos de registro de produtos e tecnologias de controle.
De acordo com a Comissão Nacional do Café da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a publicação da portaria é uma vitória para o setor. “A Comissão atua neste quesito faz tempo, solicitando celeridade no registro definitivo de agroquímicos que, nos testes de campo, obtiveram resultados viáveis no controle da praga. A Portaria nº 5 se mostra como um dos resultados da atuação da Comissão em prol da cafeicultura brasileira” frisa o assessor técnico da CNA, Fernando Rati.
Broca-do-café é o nome popular da larva que se alimenta das sementes do fruto do café, gerando danos que podem ser totais ou parciais, impedindo o desenvolvimento do grão. Uma das formas de combate utiliza inseticidas. Entretanto, no Brasil, não há nenhum produto autorizado para controle desta praga, desde que o uso de inseticida à base de endosulfan foi proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), em 31 de julho de 2013.
No documento estão relacionados às pragas e doenças de maior risco à produção brasileira e que têm prioridade nos processos de pedidos de registros de produtos e tecnologias defensivas, tais como: a Ferrugem da Soja e o Mofo Branco, que atacam soja, feijão e algodão; Helicoverpa armigera; Mosca Branca, que ataca feijão, tomate, melão e soja; Nematoides (Meloidogyne javanica, Meloidogyne incógnita, Heterodera glycines e Pratylenchus brachyurus), que atacam a soja; Broca do Café, atinge o café; ervas daninhas resistentes, que afetam soja, algodão e feijão, e Bicudo do algodoeiro, que ataca o algodão.
A primeira ocorrência no Brasil foi relatada no Estado de São Paulo, no ano de 1913, e desde então a praga estabeleceu-se nas principais regiões produtoras de café, podendo ser encontrada desde a Amazônia até o Rio Grande do Sul, e em um período de 40 anos já estava completamente disseminada pelo país, com ocorrências relatadas em países vizinhos.
Em relação às espécies do gênero Coffea cultivadas atualmente, todas são suscetíveis ao ataque da broca, mas em escalas variadas. As infestações da broca-do-café variam de um ano para outro, dependendo de condições climáticas, adensamento, manejo químico e nutricional da cultura.
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