Clima da Chapada Diamantina favorece a produção do café gourmet
Várias regiões brasileiras estão se especializando em produzir o café gourmet, como a Chapada Diamantina, na Bahia.
O clima das montanhas favorece o cafezal. Atentos à qualidade, os agricultores acharam um jeito de aumentar o valor do produto e trabalham focados na classificação do café e nos concursos.
Imagine aquele café quentinho. Quem resiste a um cafezinho recém-passado? Mas para se chegar a uma bebida de qualidade, tem um longo trabalho na roça.
No município de Piatã, ficam as fazendas da família Rigno, que juntas, somam 75 hectares de café e uma coleção de prêmios em concursos. À frente, está Antonio Rigno, que cuida de todo o processamento do café das três áreas: a dele, a da filha Patrícia e do genro Cândido e do filho Antonio. Mesmo com um problema nas cordas vocais, Antônio conta como o trabalho com o café mudou nos últimos anos.
“A gente colhia de qualquer jeito, não tinha processo nenhum, aí a gente se interessou pelo café de qualidade, eu contratei assistência técnica e aí, cada dia mais, vieram prêmios e mais prêmios”.
Em 2014, as fazendas faturaram os três primeiros lugares no concurso da Associação Brasileira de Cafés Especiais, resultado do trabalho que a equipe do agrônomo Gilmar Martins começou há 15 anos.
A colheita é uma das etapas mais importantes para a produção de um café especial. Os frutos só podem sair do pé quando estiverem completamente maduros.
A principal variedade cultivada na região é o café catuaí, vermelho e amarelo e para colher tudo, até que todos os frutos estejam maduros, é preciso passar pelo menos três vezes na mesma fileira. Isso leva cerca três meses, três meses e meio, enquanto na colheita comum, em um mês o trabalho está finalizado.
O serviço é mais demorado, mas tem recompensa. Na colheita comum, uma lata de 20 litros de frutos rende para os apanhadores, em média, R$ 3, aqui paga-se até R$ 8 pela mesma quantidade.
Da lavoura, os frutos são levados para a máquina que faz a separação da polpa dos grãos. A casca e a polpa são aproveitadas depois como adubo na lavoura. Despolpados e lavados, os grãos vão para o terreiro para secagem. A umidade ideal é de 11%.
Leia a notícia na íntegra no site G1 - Globo Rural.
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