Café: Bolsa de NY sobe forte nesta 5ª feira com recompras em meio à incertezas em relação a safra do Brasil
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com forte alta nesta tarde de quinta-feira (13). Pela manhã, o mercado chegou a operar no campo negativo estendendo as perdas de ontem. Entretanto, as incertezas em relação a safra do Brasil voltaram a preocupar os operadores.
Por volta das 12h31, o vencimento setembro/15 registrava 136,15 cents/lb e avanço de 430 pontos, o dezembro/15 anotava 139,50 cents/lb com alta de 425 pontos. O contrato março/16 tinha 142,90 cents/lb com valorização de 435 pontos e o maio/16 operava com 144,90 cents/lb e 420 pontos positivos.
De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas de café voltaram ao território positivo nesta tarde de quinta-feira com recompras sendo realizados nos terminais.
Às 12h41, a principal posição do robusta na ICE Futures Europe (antiga Liffe) registrava alta de US$ 33, cotada a US$ 1.712,00 por tonelada.
Na sessão anterior, a bolsa norte-americana para o café arábica fechou com queda de cerca de 500 pontos nos principais contratos em realização de lucros ante as recentes altas. Na segunda-feira (10), a valorização no terminal foi de quase 600 pontos e na terça-feira de cerca de 400.
As dúvidas em relação ao potencial produtivo do Brasil têm fomentado discussões entre os operadores desde o final da semana passada, quando os futuros passaram a repercutir esse importante fundamento após um período bastante focado no câmbio.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) aponta uma safra brasileira de café de 44,2 milhões de sacas de 60 kg para esta temporada, sendo 32,9 milhões referentes à variedade arábica e 11,3 milhões à robusta. Já o IBGE, em estimativa divulgada nesta semana, estima colheita de 44,2 milhões de sacas.
O CNC (Conselho Nacional do Café) acredita em números menos otimistas, 40,3 milhões de sacas de 60 kg, ponto mais baixo da faixa da previsão divulgada pela entidade em março. Isso por uma grande incidência de grãos miúdos.
Estimativas estrangeiras, como a do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), apontam a safra de café do Brasil próxima de 50 milhões de sacas de 60 kg. Segundo analistas consultados pelo Notícias Agrícolas, a demanda doméstica e externa de café deve totalizar 56 milhões de sacas neste ano.
No mercado físico nacional os preços registraram uma leve queda ontem acompanhando Nova York. Entretanto, com a forte subida do dólar nos últimos dias o ritmo de negócios melhorou. Em algumas praças os melhores tipos de café chegaram a ser negociados próximos de R$ 600,00 a saca.
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