Café: Bolsa de Nova York volta a cair nesta 2ª feira; no Brasil, preços estão sustentados com alta do dólar

As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registram queda nesta segunda-feira (27). Na sessão anterior, o mercado chegou a esboçar reação técnica após ficar no campo negativo por sete pregões.                                                

O diretor de café do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, chegou a informar na sexta-feira (24) ao Notícias Agrícolas que era cedo para acreditar em reversão de tendência nos preços do café. "O mercado ainda deve ficar bastante atrelado ao câmbio nos próximos dias, e isso está acontecendo também com outras commodities", disse.

Hoje, por volta das 13h04, o vencimento setembro/15 registrava 121,20 cents/lb e o dezembro/15 anotava 124,60 cents/lb, ambos com queda de 105 pontos. O contrato março/16 registrava 127,70 cents/lb com desvalorização de 155 pontos. Já o maio/16 tinha 130,45 cents/lb com 95 pontos de recuo.

De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, nesta manhã, as bolsas para o café operavam de forma lateralizada e sem indicar tendência definida. Entretanto, a alta do dólar ante o real tem contribuído para sustentar os preços nas praças de comercialização do Brasil.

Às 13h15, a moeda norte-americana subia 0,32% e estava cotada a R$ 3,3577 na venda. O mercado financeiro ainda segue influenciado pela apreensão dos investidores com as perspectivas fiscais do Brasil e pela forte queda registrada na bolsa chinesa nesta segunda-feira.

Colheita da safra 2015/16

A colheita do café arábica avança nas regiões produtoras espalhadas pelo Brasil, mas conforme divulgado pelo site na semana passada, os trabalhos seguem atrasados em relação aos anos anteriores.

O CNC reportou em seu informativo na sexta-feira que o clima seco nos períodos de florada e granação dos frutos e as chuvas esparsas — características do inverno marcado por um El Niño Modoki —, que atrapalham o andamento dos serviços de seleção e coleta, são os principais fatores desse retardamento. As adversidades climáticas também prejudicam a qualidade do produto e o que já preocupa os cafeicultores.

Clima

De acordo com mapas climáticos divulgados pela Somar Meteorologia, são poucas as chances de chuva nas áreas produtoras de café nesta semana, o que atrapalharia os trabalhos de colheita. Salvo por algumas precipitações fracas no litoral dos Estados do Espírito Santo e Bahia. No Paraná, não há condições favoráveis para a formação de geada no cinturão produtivo.

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