Café: Mercado fecha 2ª feira em alta influenciados pelo dólar e queda nos estoques mundiais
Nesta segunda-feira (22), as cotações futuras do café na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram em alta, após uma semana de volatilidade. O pregão ficou o tempo todo em campo positivo, sustentados pelo dólar e também pelos números da safra de café divulgados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na noite da última sexta-feira (19).
Com isso, o vencimento Julho/15 encerrou o dia em US$ 130,35 cents/lb com mais de 320 pontos de alta. Já o Setembro/15, principal referência para o mercado, encerra negociado a US$ 132,50 cents/lb, com valorização de 240 pontos, assim como os demais vencimentos. O contrato Dezembro/14 fechou a US$ 136, 30 cents/lb e Março/16 a US$ 140,00 cents/lb.
Segundo o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, o mercado sofreu um movimento técnico, recuperando as baixas sofridas na última semana. Além disso, também sofreu forte influencia do dólar que teve uma desvalorização diante das demais moedas, que refletiu nas demais commodities. A situação é um reflexo do otimismo em relação a crise na Grécia, que segundo a Reuters, o país entregou uma nova proposta para resolução da dívida aos seus credores.
Já o relatório bianual de café divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na noite da última sexta-feira (19) trouxe previsões dentro do esperado, apontando um aumento na produção, mas uma redução nos estoques mundiais para o final da safra, o que trouxe suporte ao mercado. Os números são os menores desde 2011 e apontam para 31,5 milhões de sacas de 60 kg.
Os números também apontaram para um aumento na produção de café, em que o Brasil deverá colher 38 milhões de sacas para o arábica, uma queda de 3,8 milhões de sacas em relação a previsão anterior. O café conilon também deve sofrer uma queda de 2,6 milhões de sacas, chegando ao número final de 14,4 milhões de sacas.
Para o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, devido aos problemas climáticos enfrentados nas principais regiões cafeeiras e também pelo que já foi observado nas colheitas, dificilmente a safra 2015/2016 deve chegar a estes números apontados pelo USDA. Ele lembra ainda, que há regiões com quebras entre 40 e 50%.
Mercado interno
Nesta segunda-feira (22), o indicador CEPEA/ESALQ para arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, encerrou o dia com desvalorização de 0,78% e ficou em R$ 411,06 pela saca de 60 kg.
Já o café cereja descascado teve maior valorização em Poços de Caldas (MG), que chegou a 5,80%. Com isso a praça encerrou a R$ 474 a saca de 60 kg. Em Espirito Santo do Pinhal (MG), também houve valorização 2,04% e fecha negociado a R$ 500 por saca de 60/kg.
Para o café tipo 6 duro, Poços de Caldas (MG) foi a praça com maior valorização, de 2,96% e encerra o dia R$ 417 por saca de 60/kg. Em Franca (SP), a valorização chegou a 2,33% e a saca é negociada a R$ 400.
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