Café: NY fecha em baixa nesta 2ª feira em sessão de ampla volatlidade; commodity tem o pior desempenho nas bolsas, diz Bloomberg
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com queda nesta segunda-feira (13). O dia foi marcado por intensa volatilidade com os futuros oscilando nos dois campos durante quase toda a sessão. A semana, portanto, começa com cenário parecido com a anterior.
O contrato maio/15 fechou o pregão com 133,75 cents/lb e recuo de 135 pontos, o julho/15 anotou 136,20 cents/lb com 165 pontos de baixa. O contrato setembro/15 registrou 139,05 cents/lb com 170 pontos negativos e o vencimento dezembro/15, mais distante, teve preço melhor, 142,95 cents/lb também com 170 pontos de desvalorização.
Segundo o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado, a queda na bolsa foi técnica. "O mercado teve um dia de boa volatilidade. Na parte da manhã algumas compras de fundos e especuladores levaram as cotações para cima chegando até 200 pontos de alta. Mas como os fundos viram mais giros na ponta compradora, eles mesmos liquidaram posição e fizeram o mercado reverter", explica.
Ainda de acordo com o analista, esse fechamento em Nova York pode ser considerado dentro do espaço psicológico. "Também estamos em um período próximo da rolagem de posição visto ao período de notificação de maio que se aproxima", diz.
Vale lembrar que na sessão anterior as cotações do arábica também recuaram, quase 200 pontos, motivada principalmente, por realização de lucros. Na segunda-feira passada (6), o mercado subiu forte mas não conseguiu manter os patamares no decorrer da semana no terminal norte-americano.
As informações de exportação do CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) e a estimativa de safra divulgada pela Wolthers Douque, também pressionaram o mercado.
O Balanço do CeCafé mostrou recorde nos embarques de março. A receita cambial com as exportações de café do Brasil registrou no terceiro mês deste ano um incremento de 24,1% em relação a março de 2014, fechando em US$ 552,295 milhões. Já o volume apresentou alta de 9,5% na mesma base comparativa. Foram embarcadas 3.046.656 sacas (verde, torrado & moído e solúvel), recorde histórico para o mês.
Somando os três primeiros meses de 2015, janeiro a março, os embarques brasileiros de café totalizaram 8,842 milhões de sacas de 60 kg. O volume representa um aumento de 4,1% em relação ao mesmo período de 2014.
Já a estimativa da importadora com sede na Flórida, Wolthers Douque prevê uma safra maior de café nesta temporada. Estima-se que sejam colhidas 45,6 milhões de sacas de 60 kg, ante as 44,21 milhões de sacas da safra 2014/15.
A agência de notícias Bloomberg informou nesta segunda-feira que o café apresenta até o momento o pior desempenho entre as commodities.
O café arábica na ICE Futures US, em Nova York caiu 2,2% na semana passada, enquanto o Índice de Mercadorias Bloomberg caiu 0,2%. O Índice Mundial registrou uma subida de 1,9% e o Índice de dólar spot Bloomberg avançou 1,8%.
As precipitações de fevereiro e março melhoraram as perspectivas para a safra que começará a ser colhida em maio. Com mais café em vistas, os exportadores estão embarcando de armazéns para abrir espaço para a nova safra. Os fundos de hedge têm apostado em preços mais baixos, durante seis semanas, o período mais longo em mais de um ano.
Ainda de acordo com a agência, diante deste cenário, mais oferta de outros países produtoresl, como Colômbia e Honduras podem ajudar a compensar as perdas no Brasil.
Mercado interno
Algumas praças de comercialização no Brasil hoje não acompanharam o mercado externo. O setor produtivo independente da origem produtora, continua arredio a conversas mercadológicas e permanece sem liquidez.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Varginha-MG com R$ 520,00 a saca e alta de 6,12%. Foi a variação mais expressiva no dia.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 533,00 a saca e valorização de 4,31%. Também foi a variação mais expressiva hoje dentre as praças de comercialização.
O tipo 6 duro teve maior valor em Patrocínio-MG com alta de 2,13% e saca cotada a R$ 480,00. A oscilação mais expressiva no dia foi em Espírito Santo do Pinhal-SP com queda de 2,22% e saca valendo R$ 480,00.
Na sexta-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 0,84% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 438,67.
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