Café: Bolsa de Nova York fecha com alta expressiva nesta 5ª feira e estende os ganhos da sessão anterior
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam acentuadamente mais altas nesta quinta-feira (19) e estenderam os ganhos da sessão anterior. Esse é o quarto pregão consecutivo de valorização no terminal norte-americano com o mercado chegando aos níveis mais altos desde 24 de fevereiro.
O contrato março/15 que expira hoje encerrou o dia com 140,00 cents/lb e 375 pontos de avanço, o maio/15 anotou 144,15 cents/lb com valorização de 410 pontos, o julho/15 teve 147,35 cents/lb e 400 pontos de alta e o vencimento setembro/15 registrou 150,35 cents/lb com 405 pontos positivos.
Segundo o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach, a valorização dos futuros do arábica são baseadas em fatores técnicos e não fundamentos. "Houve uma correção dos patamares de preço devido à queda das sessões anteriores. O mercado percebeu que não era para ter caído tanto. Também há alguns temores entre os operadores com relação a safra 2015/16", afirma.
Entretanto, apesar de ser a quarta subida consecutiva do mercado internacional nos futuros do arábica, o analista acredita que ainda não é possível falar em reversão dos patamares de preço. Vale lembrar que o mercado registrou a algumas semanas fortes e consecutivas perdas.
Ainda segundo Barabach, os operadores na Bolsa de Nova York agora estão atentos a evolução da safra brasileira e a demanda pela commodity nos principais países consumidores. "O mercado agora vai olhar para os números da safra brasileira de café 2015/16 e também para a demanda que deve ser mais tranquila no hemisfério norte em função da temporada quente", explica.
O dólar mais valorizado ante o real que contribuiu para derrubar as cotações, agora limita ganhos mais expressivos no terminal norte-americano. "O dólar alto sempre joga contra as commodities porque torna as exportações mais atrativas", explica Barabach.
A moeda norte-americana encerrou esta quinta-feira com alta de 2,56% cotada a R$ 3,2965 na venda, é o maior nível de fechamento desde 1º de maio de 2003.
Mercado interno
O lado interno tem praças de comercialização sem aumento de negócios e baixa liquidez. A base de preços para o vendedor em reais abre mais oportunidade de conversas mercadológicas, entretanto eles permanecem arredios às negociações.
Segundo Barabach, o dólar mais forte melhora as vendas, mas também implica em maiores gastos para o cafeicultor. "As posições com safra 2016 terão maior influência no preço dos custos de produção, por isso o produtor está mais cauteloso".
Nesta quinta, o tipo cereja descascado continua com maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 583,00 a saca e alta de 3,55%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Espírito Santo do Pinhal-SP com valorização de 4,00% e saca cotada a R$ 520,00.
O tipo 4/5 também teve maior valor em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 571,00 e avanço de 3,63%. A oscilação mais expressiva do dia foi em Varginha-MG que teve valorização de 4,04%.
Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação foi Guaxupé-MG com R$ 518,00 a saca e alta de 4,02%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Marília-SP com valorização de 6,67% e saca cotada a R$ 480,00.
Na quarta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou valorização de 1,22% e a saca de 60 kg está cotada a R$ 468,08.
0 comentário
Mercado cafeeiro fecha sessão desta 5ª feira (21) com fortes ganhos em NY e queda na bolsa de Londres
Região do Cerrado Mineiro avança no mercado global com leilão virtual
Com a presença de toda a cadeia produtiva, Semana Internacional do Café discute sobre os avanços e desafios da cafeicultura global
Em ano desafiador para a cafeicultura, preços firmes e consumo aquecido abrem oportunidades para o setor
Mercado cafeeiro trabalha com preços mistos no início da tarde desta 5ª feira (21)
Cooabriel fala sobre a expectativa da safra do café conilon para o Espírito Santo e Bahia