Café: Bolsa de NY inverte movimento do início da sessão e recua nesta 5ª feira; no Brasil mercado continua sem ritmo e liquidez
As cotações do café arábica depois de operarem com alta moderada no início do pregão desta quinta-feira (12) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a recuar. Durante todas as sessões desta semana os futuros fecharam no campo negativo.
Por volta das 12h10, o vencimento maio/15 anotava 130,60 cents/lb com queda de 115 pontos, o julho/15 tinha 133,80 cents/lb com recuo de 125 pontos e o contrato setembro/15 registrava 136,70 cents/lb com desvalorização de 125pontos.
Apesar da alta, segundo analistas, o dia no mercado interno de café ainda deve ser lento e com preços sustentados uma vez que a liquidez é curta e a ansiedade ainda deve dar o tom das negociações. Os produtores permanecem à espera de uma correção dos atuais níveis de preços para retornar ao mercado.
Na sessão anterior, a bolsa norte-americana fechou com queda de mais de 300 pontos com o câmbio influenciando nas cotações. O dólar mais firme ante a moeda brasileira dá mais competitividade para as exportações de café e os operadores derrubam o mercado visando maior lucratividade.
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Veja como fechou o mercado na quarta-feira
Café: NY fecha em baixa pelo 3º dia consecutivo nesta 4ª feira com dólar firme no Brasil
As cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam, mais uma vez, no campo negativo nesta quarta-feira (11) com a questão cambial pesando sobre o mercado.
O vencimento março/15 encerrou o pregão com 128,40 cents/lb, o maio/15 anotou 131,75 cents/lb, ambos com desvalorização de 330 pontos. O contrato julho/15 fechou a sessão com 135,05 cents/lb e o setembro/15 registrou 137,95 cents/lb, ambos com queda de 320 pontos.
Segundo informações de agências internacionais, a subida do dólar ante o real continua contribuindo para as quedas do mercado. Nesta quarta, por volta das 15h48 a moeda norte-americana subia 1,09% cotada a 3,1378 reais na venda repercutindo ainda as preocupações políticas e econômicas no quadro interno.
O dólar mais firme ante a moeda brasileira dá mais competitividade para as exportações de café e os operadores na bolsa norte-americana derrubam o mercado visando maior lucratividade.
A receita acumulada com os embarques nos dois primeiros meses deste ano registraram um incremento de 41,8% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando US$ 1,130 bilhões. Foram exportadas 5.732.606 sacas (verde, torrado & moído e solúvel), contra 5.710.357 em 2014. As informações são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé).
Apesar do bom volume embarcado até o momento, a Reuters divulgou hoje que a Cecafé estima que as exportações devem recuar até 4% em 2015 em relação ao ano passado quando saíram do país 36,32 milhões de sacas. A queda deve-se a uma expectativa de safra menor e estoques mais baixos.
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De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o fechamento nesta quarta foi quase neutro. "Investidores continuam na defensiva e à espera de fatos novos e assim, nada de grandioso aconteceu na rotina cafeeira. Ao que parece, esta tônica mercadológica deverá prevalecer e desta forma, o velho ditado que diz: Mais do mesmo deverá prevalecer", afirma.
Estimativa de safra da Procafé e CNC
Nesta quinta-feira (12), a Fundação Procafé em conjunto com o Conselho Nacional do Café (CNC) anunciam às 15h, em Brasília (DF), na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), o resultado do levantamento da safra 2015 de café.
A estimativa contratada pelo CNC e realizada pela Fundação Procafé é bastante aguardada pelos envolvidos no mercado pois deve trazer dados precisos sobre a realidade das lavouras.
Estima-se que essa previsão de safra fique em patamares abaixo das estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que não “capturou” os efeitos do veranico que atingiu o cinturão cafeeiro no início deste ano. O Notícias Agrícolas trará todas as informações do anúncio.
Mercado interno
As praças de comercialização estão operando em um grande vazio mercadológico, os produtores estão à espera de uma correção dos atuais níveis de preços para voltar as negociações.
O tipo cereja descascado teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG com R$ 511,00 a saca - estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Varginha-MG com alta de 2,13% e saca cotada a R$ 480,00.
O tipo 4/5 teve maior valor em Guaxupé-MG com saca cotada a R$ 519,00 - estável. A maior variação no dia ocorreu na cidade de Varginha-MG com alta de 4,60% com saca cotada a R$ 455,00.
Para o tipo 6 duro, a cidade com maior valor de negociação foi Guaxupé-MG com R$ 458,00 a saca - estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Varginha-MG com valorização de 4,65% e saca cotada a R$ 450,00.
Na terça-feira (10), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou desvalorização de 1,37% e está cotado a R$ 429,29 a saca de 60 kg.
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