Café perde força no final do pregão desta 5ª feira e registra queda de mais de 300 pts em NY
Em uma sessão marcado por intensa volatilidade, as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) registraram queda nesta quinta-feira (15) e perderam o patamar dos 180,00 cents/lb.
Os preços operaram durante boa parte da sessão com alta em consolidação a falta de chuva e as altas temperaturas no cinturão produtivo do Brasil. No entanto, investidores também realizavam lucros e a queda no final do pregão foi inevitável.
O contrato março/15 registrou 176,65 cents/lb com queda de 320 pontos, o maio/15 anotou 179,30 cents/lb e o vencimento julho/15 fechou a sessão com 181,70 cents/lb, ambos com queda de 325 pontos. O setembro/15 registrou 183,75 cents/lb e 315 pontos negativos. Foi a queda mais expressiva desde o dia 2 de janeiro em todos os vencimentos.
Segundo informações de agências internacionais, outro fator que influenciou a baixa foi a valorização do dólar ante o real que desencoraja as exportações. A moeda norte-americana registrou alta de 0,80 por cento, cotada a 2,6422 reais na venda.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas na quarta-feira (14), por telefone, o agrometorologista da Somar Meteorologia, Marco Antonio dos Santos, informou que o padrão climático de chuvas irregulares no Brasil deve se estender até o final da próxima semana e ainda trazer muita preocupação aos produtores rurais.
Mercado interno
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, o setor produtivo continua arredio a conversas mercadológicas deixando as praças de comercialização dentro de um grande vazio de ofertas, expectativas e negócios.
O tipo cereja descascado continua com maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG mesmo com queda de 2,09% e tem saca cotada a R$ 561,00. A variação mais expressiva no dia foi na cidade de Poços de Caldas-MG com 4,78%, a saca tem preço de R$ 538,00 na praça.
Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação foi Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 551,00, registrou queda de 1,78% e foi o município com maior oscilação no dia.
O tipo 6 duro teve maior valor em Araguarí-MG com variação estável e saca cotada a R$ 530,00. A cidade com oscilação mais expressiva no dia foi Marília-SP que tem saca cotada a R$ 490,00 e registrou queda de 2,00%.
Na quarta-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 0,73% e está cotado a R$ 494,51 a saca de 60 kg.
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Tipo 4/5 na BM&F fecha no campo misto
As cotações do café arábica tipo 4/5 encerraram esta quinta-feira no campo misto na BM&F Bovespa mesmo com a queda na bolsa norte-americana. O vencimento março/15 registrou US$ 215,05 com desvalorização de 2,25%, o setembro/15 fechou o dia com recuo de 2,00% cotado a US$ 223,50 e o vencimento dezembro/15 anotou US$ 230,20 com valorização de 1,95%.
Londres encerra sessão com leve queda
As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) fecharam com preços levemente mais baixos nesta quinta em uma sessão volátil. Diante das altas recentes, houve realização de lucros e o dólar também se valorizou ante o real, pressionando os preços.
No entanto, segundo informam agências internacionais as adverisdades climáticas nas principais lavouras do Brasil ainda preocupam os investidores.
O contrato janeiro/15 está cotado a US$ 1965,00 por tonelada com desvalorização de US$ 3, o março/15 teve US$ 1992,00 por tonelada e recuo de US$ 1 e o maio/15 anotou US$ 2021,00 por tonelada e queda de US$ 3.
2 comentários
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victor angelo p ferreira victorvapf nepomuceno - MG
Não é só o café que perdeu força, o produtor rural também;;;A Bolsa fica comprando e vendendo as mesmas posições mas na realidade entrada mesmo do produto, tenho plena convicção que não está acontecendo ...A Bolsa atualmente funciona como se fosse uma grande "isca" que vai captando pequenos lotes, mascarando a demanda no sentido de manterem os preços artificialmente baixos pelo máximo de tempo possível até se aproximar da próxima colheita;;;
amarildo josé sartóri vargem alta - ES
Realizem lucros mesmo, podem trocar as posições enquanto tiver oportunidade. Café, nas condições atuais das lavouras, não vai dar lucro nem ao produtor, pois não vai ter o produto pra vender. Não vai dar lucro ao exportador, pois não terá o produto pra exportar, não vai dar lucro a indústria, pois os preços estarão altos e o consumidor não terá condições de consumir...Prestou atenção CONAB???