Café: Nova York fecha com leve alta nesta 4ª feira; mercado segue atento às condições climáticas no Brasil
A Bolsa de Nova York (ICE Futures US) para o café arábica encerrou esta quarta-feira (7) com preços mais altos em relação à sessão anterior, porém, com variação menos expressiva que nos últimos dias quando chegaram a registrar alta de 700 pontos. Hoje foi a terceira sessão consecutiva que os preços se valorizaram.
No início da tarde, as cotações chegaram a registrar alta de mais de 400 pontos, mas os operadores foram cautelosos e as oscilações, no final, ficaram quase neutras.
O contrato março/15 registrou 175,05 cents/lb com alta de 15 pontos, o maio/15 anotou 177,75 cents/lb com valorização de 20 pontos. O vencimento julho/15 fechou com 180,20 cents/lb e o setembro/15 registrou 182,25 cents/lb, ambos com 30 pontos de avanço.
Segundo o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, o mercado segue atento as condições climáticas no Brasil que até o momento não são tão diferentes das registradas no início do ano passado. “Mapas climáticos apontam que as chuvas de janeiro não terão as mesmas forças de dezembro de 2014, e isso repercute no mercado”, afirma.
O analista ainda acredita que as fortes altas nas primeiras sessões de 2015 representaram uma recomposição de preços com a volta do volume normal de operadores no mercado que estavam em recesso com as festas de final de ano.
De acordo com mapas climáticos da Somar Meteorologia, o Brasil vive um período anômalo de pouca chuva e calor acima da média. Pelos próximos cinco dias, não há previsão de ausência completa de chuva, mas o acumulado ficará bem abaixo do esperado para época do ano nas áreas produtoras do Sudeste, mostram os satélites.
Na próxima sexta-feira (9), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deve divulgar o primeiro levantamento para a safra 2015 de café no Brasil. Segundo produtores, deve haver queda de produção nas principais regiões produtoras do grão devido a falta de chuva e as altas temperaturas em 2014. Essa divulgação pode fazer com que os preços voltem a subir consideravelmente.
Mercado interno
Os preços no mercado interno voltaram a subir com as altas registradas na bolsa norte-americana nos últimos dias. As cooperativas brasileiras tem aproveitado para realizar mais negócios e mesmo com preço mais alto vem registrando boa demanda dos exportadores, diferente dos últimos dias de 2014 quando o volume negociado era quase zero.
Nesta quarta-feira (7), o tipo cereja descascado, teve maior valor de negociação na cidade de Guaxupé-MG, onde a saca está cotada a R$ 573,00 e também maior variação no dia entre as praças com alta de 3,65%.
Para o tipo 4/5, a cidade com maior valor de negociação também foi Guaxupé-MG que tem saca cotada a R$ 561,00 e alta de 0,90%. O município com maior oscilação foi Varginha-MG que registrou alta 2,04% e tem preço de R$ 500,00 a saca.
O tipo 6 duro anotou maior valor em Guaxupé-MG com R$ 508,00 a saca e valorização de 0,99% em relação ao dia anterior. A cidade com oscilação mais expressiva no dia foi Araguarí-MG que tem saca cotada a R$ 505,00 e alta de 3,06%.
Na terça-feira (6), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou alta de 2,15% e está cotado a R$ 469,24 a saca de 60 kg.
» Clique e veja as cotações do mercado interno nesta quarta-feira (7)
Tipo 4/5 fecha no campo misto na Bovespa
As cotações do café arábica tipo 4/5 ficaram no campo misto nesta quarta-feira (7) na BM&F Bovespa. O vencimento março/15 registrou US$ 214,60 com queda de 0,07% e o setembro/15 fechou o dia com avanço de 0,41% cotado a US$ 220,20.
Londres tem mais um dia de alta
As cotações do café robusta na Bolsa Internacional de Finanças e Futuros de Londres (Liffe) registraram alta pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira. A divulgação de que as exportações no Vietnã, principal país produtor de robusta, em 2015 serão mais baixas impulsionaram os preços.
O contrato janeiro/15 está cotado a US$ 1969,00 por tonelada com valorização de US$ 35, o março/15 teve US$ 1980,00 por tonelada e avanço de US$ 28 e o maio/15, mais distante, anotou US$ 2003,00 por tonelada também com alta de US$ 28.
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