Embargos europeus à carne brasileira serão questionados na OMC
De acordo com Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, a decisão já havia sido discutida há cerca de seis meses, mas a execução dependia do setor privado arcar com os custos na OMC, que podem chegar às centenas de milhares de dólares.
O Governo pretende contestar a resolução 61, que cria credenciamento individual das fazendas brasileiras por veterinários europeus e rastreamento dos bovinos desde o desmame. No entanto, as exigências não são feitas a outros países e foram criadas para controle da doença da vaca louca, que não existe no Brasil. Além da carne bovina, a Camex (Câmara de Comércio Exterior) também ameaça processar a União Europeia na OMC por embargos à carne de frango.
Em meio à crise na Europa, o Governo brasileiro segue em negociação, mas cético em relação à resolução do caso antes da abertura do contencioso na OMC. Segundo Porto, o momento da oficialização do contencioso está agora nas mãos do setor privado. "O Itamaraty está pronto para iniciar o contencioso, tão logo haja fundos", afirma.
Com informações Valor Econômico
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