Comissão de Bovinocultura de Corte da CNA se reúne em Campo Grande
A Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu na quarta (26), em Campo Grande (MS), para discutir temas prioritários da cadeia produtiva.
O encontro foi realizado no Centro de Excelência em Bovinocultura de Corte do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), durante a feira tecnológica Dinapec, e reuniu especialistas, lideranças do setor produtivo e entidades representativas.
O chefe geral da Embrapa Gado de Corte, Antônio Rosa, e o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Mato Grosso do Sul (Famasul), Frederico Stella, participaram da abertura da reunião.
O presidente da comissão, Francisco Olavo de Castro, afirmou que a reunião foi uma oportunidade de abordar os principais pontos da pecuária de corte no país, como a rastreabilidade, o relacionamento comercial com a China e a classificação de carcaça. “Foi um momento essencial para criar um relacionamento muito mais próximo e realizar uma discussão muito mais enriquecedora”, disse;
Para o vice-presidente do colegiado, que também preside a Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores de Novilho Precoce, Rafael Gratão, a reunião presencial foi importante para a troca de experiências e aprofundamento das relações entre os membros. “Dessa forma, conseguimos gerar maiores resultados e desenvolvimento para a pecuária”.
Um dos assuntos debatidos foram as ações de comunicação sobre a rastreabilidade individual de bovinos e bubalinos. A medida, alinhada às exigências de mercados internacionais, foi debatida sob o ponto de vista da viabilidade para o produtor rural.
“A rastreabilidade está chegando cada vez mais ao produtor. A pecuária tem ciclos, precisamos respeitar esse ritmo. Já temos uma proposta construída na comissão e estamos trabalhando para levar essa informação ao campo, promovendo palestras e facilitando o acesso às orientações”, explicou Francisco de Castro.
Os representantes discutiram os avanços do Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (PNIB), lançado em dezembro do ano passado, e o funcionamento do Comitê Gestor, que vai acompanhar a implementação do plano.
Outro item da pauta foi a atualização e as deliberações sobre a investigação da China para fins de aplicação de medidas de salvaguarda sobre as importações de carne bovina.
O coordenador de Produção Animal da CNA, João Paulo Franco, e o assessor técnico Rafael Ribeiro informaram que o Ministério do Comércio do país asiático estuda a possibilidade de aplicar medidas de salvaguarda sobre as importações de carne bovina de seus fornecedores, incluindo o Brasil.
Os principais motivos para a linha de investigação são o aumento das importações e ameaças ao mercado doméstico chinês, danos à indústria local e relação casual. O principal impacto dessa medida é a implementação de tarifas ou cotas de importação, caso a China consiga provar que houve dano ao mercado interno em razão do aumento do volume de carne importada.
Atualmente, a tarifa de importação é de 12% para a carne bovina importada do Brasil. Segundo o vice Rafael Gratão, o governo chinês está preocupado com sua produtividade interna, o que pode gerar reações nos preços no Brasil. “Precisamos acompanhar esses movimentos e manter o setor bem informado”, disse.
Ainda na reunião, a comissão debateu o regulamento da União Europeia sobre o uso de antimicrobianos. De acordos com as normas, a partir de 3 de setembro de 2026, para exportar carnes para o bloco europeu, os animais não deverão receber promotores de crescimento hormonal em nenhum momento de suas vidas; não deverão ser administrados medicamentos antimicrobianos aos animais para promoção do crescimento, entre outras diretrizes.
A CNA destacou a relevância do tema para a cadeia de bovinocultura de corte, uma vez que a Europa é um importante mercado para agregação de valor da carne brasileira e vitrine para o mundo.
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