Exportações totais de carne bovina caem 29% na receita e 16% no volume em fevereiro
As exportações totais de carne bovina em fevereiro (somando todas as carnes in natura e processadas), atingiram US$ 695,2 milhões e 152,28 mil toneladas, o que significou uma queda de 29% nas divisas e de 16% em volume, em relação a fevereiro de 2022, de US$ 974,3 milhões e 181.727 toneladas, respectivamente. A queda, no entanto, reflete apenas parcialmente a suspensão das exportações para a China, cujos resultados poderão ser mais visíveis no mês de março.
As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Governo Federal. Como em janeiro deste ano a receita da exportação havia crescido 7% e o volume 17%, no acumulado do ano o faturamento atingiu US$ 1,546 bilhão enquanto que a movimentação ficou em 336.102 toneladas. Na comparação com os dois primeiros meses de 2022, com seus US$ 1,772 bilhão e 339.188 toneladas, respectivamente, o resultado até aqui é diminuição de 13% na receita e de 1% no volume.
A China continua sendo o maior importador da carne bovina brasileira. Em janeiro deste ano importou 100.165 toneladas e em fevereiro 72.536 toneladas. No acumulado deste ano, a China proporcionou receitas de US$ 840 milhões, com queda de 4,2% em relação a 2022 (USD$ 877,6 milhões) e movimentou 172.701 toneladas, com aumento de 22,6% na movimentação, na comparação com 2022 (140.918 toneladas). Os preços médios de exportações para a China também sofreram ajustes, com queda de 21,8% no primeiro bimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2022 (passaram de US$ 6.228 para US$ 4.869 por tonelada exportada).
Os Estados Unidos foram o segundo maior importador, proporcionando receitas de US$ 171,6 milhões (- 25,6% em relação a 2022), com movimentação de 35.651 toneladas (-18% na comparação com ano passado). O Chile foi o terceiro maior importador, com receita de US$ 53,9 milhões (US$ 55,2 milhões em 2022) e comprando 11.617 toneladas neste ano contra 11.436 toneladas no ano passado (+1,6%). O quarto importador foi o Egito, que proporcionou uma receita de US$ 42,8 milhões (queda de 64,4% em relação a 2022, com US$ 120,2 milhões) e movimentação de 12.338 toneladas (no ano passado 31.705 toneladas, queda de 61,1%). Na quinta posição veio Hong Kong, com diminuição nas receitas de US$ 63,6 milhões em 2002 para US$ 42,2 milhões nos dois primeiros meses de 2023. O volume caiu de 17.635 toneladas em 2022 para 13.965 toneladas no mesmo período de 2023 (-20,8%). No total, 61 países aumentaram suas compras enquanto que outros 73 reduziram suas importações.
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