Pecuaristas do MT se mostram preocupados com indústrias fora das compras; enquanto frigoríficos alegam prejuízos na rentabilidade
Os pecuaristas do estado do Mato Grosso vem relatando preocupações com as indústrias informando férias coletivas para os funcionários e também o alongamento das escalas de abate. De acordo com as informações da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), algumas unidades realizaram até o fechamento de muitas plantas, sendo várias delas únicas em suas regiões.
A associação também informou que essa situação tem levado muitos prejuízos aos produtores que não estão conseguindo negociar os seus animais que estão sendo terminados para serem abatidos em poucos dias. “Os frigoríficos promoveram quase que simultaneamente a extensão de suas escalas, baixando os valores da arroba do boi”, destacou em Nota Oficial.
A associação dos pecuaristas também ressaltou que entende o momento econômico que o País está passando, , com perda de poder aquisitivo. “Nós acreditamos que muitas ações podem ser realizadas para evitar esse cenário, inclusive pelo Governo de Mato Grosso, por meio da redução temporária das alíquotas do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias (ICMS)”, apontou.
Por meio de nota oficial, o Sindicato das Indústrias de Frigorífico de Mato Grosso (Sindifrigo-MT) apontou que o mercado da carne bovina tem vivido de ajustes e acomodações em um novo momento para o setor. “É necessário uma visão macro e externa do setor para se encontrar respostas razoáveis, na qual existe uma significativa diferença entre a indústria exportadora e as que detém apenas o mercado interno e a valorização significativa do produto inibiu o mercado interno.
“A valorização nominal do quilo do boi ou da carne não correspondem necessariamente à obtenção de margem da atividade nem para o pecuarista tão pouco para a indústria.Neste universo há um desequilíbrio perigoso em toda cadeia, assim como existem produtores ganhando e perdendo, existem também indústrias neste mesmo contexto”, informou a Sindifrigo-MT em nota oficial.
A Sindifrigo-MT ainda reporta que em cada unidade frigorífica existem investimentos altos e valores em fluxo de caixa,além de trabalhadores que dependem da renda. “É uma responsabilidade social e econômica daqueles que dirigem esta indústria, por isso cabe a cada empresa tomar as suas decisões. Fechar uma indústria lucrativa seria insano, mas manter uma planta aberta por muitos meses com prejuízo seria irresponsabilidade”, comentou em nota oficial.
O Notícias Agrícolas entrou em contato com a assessoria da JBS para saber mais informações das indústrias que tiveram férias coletivas e que foram suspensas, mas até o momento não tivemos as informações.
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