Pecuaristas de Mato Grosso investem no uso de tecnologia para ganhos de produtividade
O uso da tecnologia nas estruturas da produção pecuária tem sido cada vez mais comum e os pecuaristas mato-grossenses têm investido na tecnificação da atividade, através de sistemas eficientes de manejo sanitário e reprodutivo dos animais, para obterem ganhos de produtividade.
É o que revela a pesquisa “O perfil do pecuarista mato-grossense na era digital”, realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), que entrevistou 409 pecuaristas em Mato Grosso, de todas as sete macrorregiões do estado, em 93 municípios. Juntos, eles possuem 356 mil cabeças de bovinos
De acordo com a pesquisa, as principais tecnologias que têm sido utilizadas são as destinadas à identificação dos animais, uma vez que auxilia o produtor tanto no manejo, quanto na gestão da fazenda.
Em Mato Grosso, um total de 76% dos pecuaristas entrevistados responderam que utilizam o brinco no animal como forma de identificação.
Esse método facilita o rastreamento e o acompanhamento do rebanho, bem como o monitoramento sanitário dos animais, para controle de vacinas e prevenção de doenças. Também são utilizadas outras formas de identificação animal, como o ferro quente, tatuagem na orelha e chips eletrônicos.
Além dos dados apresentados, a pesquisa questionou os pecuaristas se o uso das tecnologias auxiliava na engorda dos animais e 87% consideraram que é fundamental para o desenvolvimento da atividade e a melhoria da produtividade.
Estruturas da produção pecuária – Assim como as tecnologias, benfeitorias nas propriedades também auxiliam na obtenção de sistemas mais eficientes de manejo sanitário e produtivo.
Troncos de contenção dos animais nas fazendas, curral, balanças para medir a produtividade dos bovinos, bebedouros artificiais no pasto, pastagem formada e corredores para o manejo dos animais foram listados pelos produtores como as principais benfeitorias existentes.
Ainda segundo a pesquisa, um total de 92% dos pecuaristas afirmou que tem curral, 89% possui pastagem formada, 76% tronco de contenção e 60% possuem balança na propriedade. Já quando o assunto é o sistema de reprodução dos animais na propriedade, em Mato Grosso o mais utilizado é a monta natural.
A pesquisa revelou que 67% dos produtores utilizam a monta natural para reprodução dos bovinos, enquanto 18% se utilizam da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), 14% usam da Inseminação Artificial e somente 1% transferência de embrião.
Para a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), a inovação nas fazendas pecuárias, através de novas tecnologias, reflete na melhoria na gestão da propriedade, assim como em maior produtividade. Por isso, é importante o produtor adotar essas ferramentas.
A pesquisa –O levantamento dos dados da pesquisa foi realizado entre os meses de setembro e outubro de 2021, por telefone, com os pecuaristas de Mato Grosso. A escolha do produtor foi feita de maneira aleatória, sendo que a distribuição entre as regiões foi feita de acordo com a quantidade de propriedades por região, conforme o Censo Agropecuário 2017 do IBGE.
Com as informações levantadas, buscou-se traçar o perfil do pecuarista na era digital em Mato Grosso, e para isso foram analisadas informações dos pecuaristas entrevistados quanto ao grau de instrução, idade e tempo de produção, por exemplo.
0 comentário
Brangus repudia veto do Carrefour à carne do Mercosul
Boi tem fôlego para novas altas até o final do ano com arroba testando os R$400, alerta pecuarista
Radar Investimentos: Margens das industriais frigoríficas permanecem razoáveis
Goiás busca reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação
Scot Consultoria: Alta no mercado do boi gordo nas praças paulistas
Preços da arroba continuam subindo e escalas permanecem bastante ajustadas no Brasil