Pressão de alta segue na maior parte das praças pecuárias do país, apesar da baixa liquidez no volume de negócios
O mercado físico do boi gordo registrou fraco volume de negócios nesta terça-feira. Ao passo em que a semana avança, há um posicionamento mais defensivo por parte das indústrias frigoríficas, as quais optam por se ausentar das operações de compra de gado, apesar das escalas de abate não renovarem incrementos superiores a 5 dias.
Nesta toada, boa parte das unidades de abate abstêm-se do ambiente de negócios, de modo a tentar resistir a especulação altista observado no cenário atual, evitando repiques mais significativos nas praças pecuárias da região, bem como atuando sob cautela visando manter minimamente adequada suas margens operacionais sem prejudicar o escoamento da produção.
Este é o cenário, sobretudo, para as operações na região Sudeste, notadamente para as indústrias paulistas. Estas atuam de forma cadenciada por possuírem volumes de gado para abate disponível para uma semana, o que fundamenta a ausência do mercado neste período, bem como aguardar melhores resultados de demanda de carne com a virada do mês.
Os preços da arroba no mercado paulista seguem sob manutenção de acordo com a cobertura da IHS Markit. Entretanto, registrou-se negócios que variando em patamares superiores, porém são condicionados a características particulares na negociação, como, gados de confinamento, distância das unidades, frete e volume/tamanho do lote de animais disponíveis. De toda forma, ainda não seguem como preços de balcão.
Por outro lado, nas regiões Norte e Nordeste do país, ainda há volumes de animais disponíveis atendendo as escalas em torno de 8 dias. De toda forma, pecuaristas seguem optando por aguardar melhores condições de preços, represando os animais nas propriedades que ainda possuem pastagem que garantem minimamente massa verde para manutenção do peso. Assim, registrou se avanço dos preços de forma cadenciada, onde os referencias de prazo passam a ser cotações de preço à vista.
No Centro-Sul do país, a oferta enxuta de gado disponível condiciona indústrias da região, sobretudo em GO e MG, a atuarem de forma mais agressiva para garantir volumes mínimos de operação e escala. Em GO, Goiânia e Rio Verde, a IHS Markit observou avanço no preço da arroba do boi gordo de R$ 300 para R$ 305. Já em MG BH, a baixa disponibilidade de animais terminados a pasto direciona a procura por gados de confinamento, exigindo preços superiores as cotações vigentes, impulsionando valorização da arroba do boi gordo de R$ 290 para R$ 295.
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