Boi: Preços seguem lateralizados, mas expectativa se voltam a reação da demanda pela carne impulsionado pelas exportações
A semelhança da semana anterior, o volume de negócios no mercado físico do boi gordo ainda evoluiu de forma cadenciada. Embora a oferta de animais prontos para abate continue restrita em importantes regiões pecuárias do Brasil, o apetite comprador das indústrias frigoríficas continua muito regulado.
As unidades de abate limitam o ritmo de suas aquisições de gado de olho no consumo doméstico. Embora as exportações venham surpreendendo positivamente o setor em termos de volume e receita, as vendas de carne bovina no mercado interno ainda precisam mostrar maior desempenho para estimular uma presença mais ativa dos frigoríficos nas compras de boiada gorda. Neste contexto, os preços da arroba ainda oscilaram de forma pontual entre as regiões pecuárias, porém o cenário é de firmeza.
A possibilidade de esboçar alguma reação passa pelo fato de que a restrita oferta de animais prontos para abate começa a pressionar as indústrias por melhores condições de preços, diante do hiato substancial que se abre no diferencial base das praças pecuárias da região do Centro-Norte do país, com os preços praticados em praças do Sudeste, como São Paulo, onde há maior predileção à exportação.
Assim, se observa que este processo deve desencadear fortes embates entre as pontas vendedora e compradora, que pode travar ainda mais as operações, ou agitar o mercado a depender da recuperação das vendas da carne bovina.
Ao passo em que as exportações de carne bovina devem continuar registrando incrementos em 2022, há expectativas por parte do mercado que o mês de março represente o início da retomada do consumo doméstico de carne bovina.
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