MAPA solicita suspensão da produção de carne bovina para exportação rumo à China
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitou por meio de ofício-circular que os frigoríficos habilitados a exportar carne bovina para a China suspendessem novas produções que seriam embarcadas ao gigante asiático. A medida foi divulgada na terça-feira (19) por meio de ofício-circular enviado aos chefes dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal, a Coordenação-Geral de Inspeção e a Coordenação-Geral de Controle e Avaliação do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Segundo o documento, fica autorizado temporariamente, pelo período de 60 dias, "que os estabelecimentos fabricantes e processadores e carne bovina habilitados a exportar para a China realizem a estocagem de produtos bovinos congelados, fabricados anteriormente à suspensão da certificação sanitária internacional de produtos para a China em 04/09/2021 com destino a este mercado, em contêineres dotados de equipamentos geradores de frio, nos pátios internos de estabelecimentos habilitados à exportação para China".
A circular também pontua que não está autorizado "o armazenamento dos produtos em contêineres: nas áreas externas dos estabelecimentos habilitados (fora do perímetro industrial); em estabelecimentos sob SIF não habilitados à exportação para China, inclusos entrepostos de produtos de origem animal; ou em terminais de contêineres ou quaisquer outras localidades similares".
A decisão foi tomada devido à demora do Governo Brasileiro em obter uma resposta do Governo Chinês a respeito do ´possível retorno das compras de carne bovina brasileira após a identificação de dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecido como doença da "vaca louca".
Dois casos da doença foram confirmados pelo Mapa em 4 de setembro deste ano, sendo um animal identificado com a patologia em Minas Gerais e outro no Mato Grosso, e o Ministério decidiu, voluntariamente, suspender as exportações para o gigante asiático.
No dia 6 de setembro, A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) emitiu relatório declarando como encerradas as investigações sobre os casos da doença no Brasil. À época, o Mapa informou por meio de nota que em nota, que "esses casos foram concluídos por não representarem risco para a cadeia de produção bovina do país", e que "não justifica qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos".
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