Preço do boi deve seguir sustentado com o período de entressafra e boas perspectivas de exportação, aponta Itaú BBA
O mercado deve seguir com preços firmes para o boi combinando o período de entressafra e a boa perspectiva para as exportações, conforme destacou o relatório mensal do Itaú BBA. Em julho, as referências no mercado físico do boi gordo ficaram firmes com a média de R$ 318,96/@ no estado de São Paulo diante do alongamento das escalas de abate nas principais regiões produtoras.
A intensificação da seca no próximo mês adicionado a um possível efeito negativo das geadas sobre as pastagens devem manter a oferta dependente dos confinamentos, não sendo esperado um grande volume relativamente ao ano passado em função das margens apertadas, já que os custos da ração seguem elevados.
A capacidade de repasse de preços para a carne no mercado interno continuará testando as margens dos frigoríficos que operam mais ou somente este canal. A carcaça casada teve desvalorização de 0,9% (média de R$ 20,29/kg), diante do mercado doméstico retraído, o que justificou a piora do spread da indústria na venda de carcaça, após leve alívio no mês anterior.
Após as geadas pode ser uma oportunidade para pecuaristas adquirirem animais a um custo um pouco menor, desde que disponham de condição para nutrição dos animais até o retorno das chuvas, quando a procura deve voltar a se elevar.
O indicador no estado Mato Grosso do Sul registrou uma acomodou pelo terceiro mês consecutivo, dessa vez 1,1% a menos frente a junho, ajudando na reposição para a recriaengorda, diante da procura um pouco menor em função da baixa qualidade das pastagens, o que foi agravado pelas geadas que afetaram ainda mais a condição dos pastos em MS, PR e SP. A queda do bezerro MS desde abril é da ordem de 5%.
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