Exportação de carne bovina brasileira segue com ritmo lento, enquanto China aumenta compras de carne dos EUA
Os volumes exportados de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada seguem abaixo do esperado pelo mercado, sendo que foram embarcadas 88,7 mil toneladas até a terceira semana de maio/21 e o total exportado em maio do ano passado ficou em 154,9 mil toneladas.
Segundo o analista de mercado da Scot Consultoria, Rodrigo Queiroz, o mês de maio do ano anterior foi atípico diante da reabertura do comércio internacional após casos de coronavírus, principalmente na China. “Foi em Maio de 2020 que o governo chinês decidiu retomar as exportações de proteínas animais e isso contribuiu para o aumento dos volumes embarcados neste período”, comentou.
A Secretaria de Comércio Exterior (Camex) reportou que a média diária embarcada ficou em 5,9 mil toneladas e teve uma queda de 23,61%, frente a média diária do mês de maio do ano passado, que estava em 7,7 mil toneladas.
O analista de mercado da Safras & Mercados, Fernando Henrique Iglesias, ressaltou que um dos fatores que pode ter contribuído para queda das exportações brasileira foi o aumento das compras da China pelo o produto dos Estados Unidos. “Podemos dizer que a China buscou muita proteína nos Estados Unidos, e depois a posição dos estoques públicos chineses é mais confortável”, destacou.
De acordo com os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as exportações de carne bovina dos Estados Unidos para a China chegou a 46,9 mil toneladas no acumulado de janeiro a maio deste ano. Atualmente, a potência Chinesa habilitou 32 novas plantas frigorificas dos EUA. "Os Chineses habilitaram novas unidades nos EUA, pois estavam percebendo a instabilidade dos embarques da Argentina e habilitou mais 32 novos frigorificos, que começaram a exportar a partir do dia 01 de maio", comentou ao Notícias Agrícolas.
Os preços médios no acumulado na segunda terceira de maio ficaram próximos de US$ 4.906,8 mil por tonelada, na qual teve uma alta de 11,64% frente aos dados divulgados em maio de 2020 que registraram o valor médio de US$ 4.395,2 mil por tonelada.
O valor negociado para o produto foi US$ 435,695 milhões no acumulado na terceira semana de maio deste ano, tendo em vista que o preço comercializado durante o mês de maio do ano anterior foi de US$ 681,146 milhões. A média diária ficou em US$ 29,046 milhões e registrou uma desvalorização de 14,17%, frente ao observado no mês de maio do ano passado, que ficou em US$ 34,057 milhões.
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