DSM faz retrospectiva da pecuária de corte e leite e anuncia projeções para 2021

Publicado em 14/12/2020 10:36

Arroba do boi e preço do leite firmes em 2021. A projeção é da área de Ruminantes da DSM, dona da marca Tortuga® de suplementos nutricionais para animais, anunciada pelos especialistas da empresa em encontro online com jornalistas de várias regiões do país em 14 de dezembro. Na ocasião, outras projeções também ganharam espaço, além de uma análise da pecuária em 2020, um ano atípico em função dos impactos da pandemia de Covid-19 e em que a pecuária brasileira mostrou-se bastante resiliente às adversidades, reforçando a sua importância para o fornecimento de proteína animal nutritiva e de alta qualidade para alimentar a população.

Para a pecuária de corte, a empresa projeta que as exportações continuarão aquecidas, principalmente pelo apetite chinês pela carne bovina brasileira. Para o mercado doméstico, porém, o cenário se mostra mais desafiador enquanto a oferta seguir restrita pelo ciclo pecuário, impactado pelo abate de fêmeas e, consequentemente, redução da oferta de bezerros. Com isso, a DSM espera que a reposição dos animais nos rebanhos mantenha patamares elevados de preço, além da pressão sobre o preço do milho e farelo de soja, que compõem a base da dieta dos ruminantes que consomem ração. “Apesar da tendência de os custos produtivos manterem-se altos, a projeção de arroba firme em patamares elevados assegura uma boa remuneração aos produtores. Nesse aspecto, vão se sobressair aqueles pecuaristas que têm a gestão mais apurada e que investem em tecnologias que contribuem para elevar os níveis de rentabilidade”, comenta o vice-presidente de Ruminantes da DSM no Brasil, Sergio Schuler.

E a pecuária de leite em 2021 deve ter impacto da valorização da arroba do boi, que deve desestimular a atividade dos produtores não especializados, um fator que pode gerar uma competição entre os laticínios e manter o preço do leite em patamares mais firmes. No setor, a DSM projeta que o mercado doméstico deverá lidar com outros fatores, como a redução de renda da população em função da crise econômica, a alta dos preços dos grãos que compõem a dieta dos animais e a questão climática com a La Niña, fenômeno meteorológico que tem efeito sobre as temperaturas e precipitações em várias partes do mundo e que costuma gerar consequências para várias áreas, entre elas as atividades agropecuárias. “Como a pecuária de leite é uma atividade intensiva, no geral, a aplicação de tecnologias ajuda a elevar a produção por vaca e os resultados da propriedade. Os avanços da nutrição das vacas, por exemplo, melhoram os índices zootécnicos e são fundamentais para manter o rebanho mais saudável e produtivo”, conta Schuler.

2020, muitos anos em apenas 1

Além das projeções, a DSM também trouxe uma análise dos acontecimentos desse ano e uma retrospectiva das suas iniciativas. Sobre esse ano, destaque para os impactos da pandemia sobre a vida das pessoas em todo o mundo e sobre todas as atividades econômicas, motivando mudanças, aprendizados e adaptações que passaram invariavelmente pelas tecnologias digitais. No caso da pecuária, os especialistas da DSM lembraram a resiliência da atividade e a sua importância para o fornecimento de proteína animal de alta qualidade, além dos avanços nos debates e práticas ligadas à sustentabilidade, com a atenção para a produção e preservação dos recursos naturais.

Dos fatos que marcaram o ano da área de Ruminantes da DSM, destaque para o lançamento de Hy-D®, um metabólito específico de vitamina D3 que melhora ainda mais o desempenho da produção de leite e dos bovinos de corte no confinamento. Ao incluir o Hy-D® na dieta dos bovinos, é possível garantir absorção mais rápida e eficiente dos macrominerais, melhorando a resposta imune dos animais e elevando os índices zootécnicos e a rentabilidade dos confinadores e produtores de leite, além de gerar benefícios em termos de longevidade das vacas leiteiras, bem-estar animal e qualidade e segurança alimentar (carne ou leite).

Além do lançamento de Hy-D® que ocorreu totalmente online logo nos primeiros dias de isolamento social e reuniu mais de 1 mil pecuaristas, a DSM manteve a sua maratona de eventos adaptada à nova realidade, a exemplo dos Encontros de Pecuária de Cria, do Lactour, do Programa Qualidade do Leite Começa Aqui!, do Simpósio DSM de Confinamento e do Tour DSM de Confinamento, além de mais de 50 lives no perfil da marca Tortuga® no Instagram (@tortuga.dsm) que atingiram mais de 7 mil pessoas. “Agimos muito rápido para manter o nosso relacionamento estreito com os pecuaristas de todo o Brasil e atendê-los com eficiência e reforçar a nossa parceria de modo a contribuir com os resultados positivos da pecuária brasileira para produção de carne e leite”, pontua o diretor de marketing da área de Ruminantes da DSM, Juliano Sabella.

Nutrição com foco no desempenho dos ruminantes

Na pecuária de leite, a coordenadora da categoria na DSM, Verônica Lopes, destaca o sucesso dos suplementos nutricionais da linha Bovigold®, que contêm ingredientes de alta tecnologia que têm efeito no teor de sólidos e na quantidade de células somáticas presentes no leite, além de  melhorar a produtividade e os índices zootécnicos do rebanho. “São produtos que combinam os aditivos CRINA® e RumiStarTM aos Minerais Tortuga com objetivo de aumentar a produção das vacas, até as que já têm alto desempenho”, reforça a especialista.

Para a produção em sistemas de pasto, o gerente de categoria Corte, Luciano Morgan, ressalta a melhora do desempenho produtivo e reprodutivo do rebanho a partir da suplementação nutricional. “Se os bovinos não tiverem uma sintonia no balanço consumo proteico e energético que permita boa digestibilidade do pasto, eles perdem desempenho, comprometendo os índices produtivos e reprodutivos”, explica; e completa: “Temos um grande espaço para melhorar os indicadores nas fazendas e os projetos que entendem a necessidade de sintonia entre nutrição, manejo, uso de tecnologias e gestão capturam muito valor e têm resultados melhores”.

No confinamento, o gerente de Categoria, Marcos Baruselli, ressalta as tecnologias dos suplementos da linha Fosbovi® Confinamento com CRINA® e RumiStar™, cujos resultados de campo comprovam elevado ganho de peso, com média de uma arroba a mais por bovino confinado, o que equivale a uma animal a mais a cada 18 animais. Porém, o especialista da DSM chama a atenção também para outros benefícios dessa tecnologia, como: maior eficiência alimentar; redução das taxas de problemas gastrointestinais (como diarreias ou timpanismo); rápida adaptação dos bovinos; menor taxa e refugo no cocho; aumento do consumo de ração desde os primeiros dias de confinamento; eficiência na digestão; e menor incidência de animais com laminites e acidose. “São benefícios que partem da produção e se estendem pela indústria frigorífica e chegam até os consumidores”, explica.

O confinamento é um sistema produtivo que vem crescendo constantemente no Brasil. O Censo de Confinamento DSM 2020, um levantamento apurado da DSM sobre a quantidade de bovinos terminados de forma mais intensiva no país, registrou um total de 6,18 milhões de animais esse ano, em um movimento de alta notado em todas as regiões produtoras. No Centro-Oeste, que concentra o maior rebanho de bovinos confinados (2,89 milhões), a alta foi de 8% frente ao ano anterior; no Nordeste, porém, foi registrado o maior crescimento (17%), com um rebanho de 148 mil animais (uma base ainda menor, contudo, quando comparado com rebanhos de outras regiões); no Sudeste, foram contabilizados 1,68 milhão de bovinos (alta de 1,6%); no Norte, 760 mil animais (alta de 0,6%); e no Sul, um total de 705 mil ruminantes (alta de 10,8%). Entre os estados, o confinamento de bovinos foi liderado por Mato Grosso, seguido por Goiás e São Paulo, respectivamente.

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Fonte:
DSM Tortuga

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