Boi: exportação se mantem acima de 100 mil toneladas há 15 meses, aponta Cepea
Apesar do pequeno recuo observado frente a agosto, o volume de carne bovina in natura embarcado pelo Brasil em setembro se manteve acima das 100 mil toneladas pelo 15º mês consecutivo, desempenho inédito para a pecuária nacional, de acordo com dados da Secex.
A última vez que a quantidade se manteve acima desse patamar por tantos meses seguidos foi entre maio de 2006 e junho de 2007, somando 14 meses consecutivos.
Pesquisadores do Cepea indicam que esse cenário tem reduzido a disponibilidade doméstica de carne e elevado a demanda por novos lotes de animais para abate, o que, por sua vez, mantém firme os preços domésticos da arroba do boi gordo e, consequentemente, da carcaça negociada no mercado atacadista.
Frango: exportação é menor que a esperada, mas procura chinesa pode alavancar embarques
As exportações brasileiras de carne de frango in natura estiveram praticamente estáveis em setembro.
Conforme dados da Secex, o País embarcou 298,6 mil toneladas de proteína durante o mês, 1% abaixo da quantidade exportada em agosto, o que, por sua vez, se deve ao fato de o mês passado ter tido menos dias úteis – a média diária de embarques, destaca-se, cresceu 4%, passando de 13,7 mil toneladas em agosto para 14,2 mil toneladas em setembro.
Considerando-se apenas os meses de setembro, no entanto, o volume embarcado no mês passado foi o mais baixo desde 2013, ainda tendo como base os dados da Secex.
Para os próximos períodos, agentes do setor consultados pelo Cepea estão otimistas, acreditando em recuperação das vendas externas.
Os fundamentos, neste caso, vêm tanto do fato de que historicamente os embarques crescem ao longo de segundos semestres e também da reação da demanda chinesa pela carne brasileira.
Vale lembrar que a China atravessa um difícil período de Peste Suína Africana, o que tem, consequentemente, influenciado também na procura por carne de frango.
Baixo volume de laranja de qualidade sustenta cotações; tahiti se desvaloriza
Apesar da demanda um pouco desaquecida, as cotações da laranja seguem firmes, sustentadas pela menor disponibilidade de frutas de qualidade no mercado in natura.
Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a pera teve preço médio de R$ 21,13/cx de 40,8 kg, na árvore, alta de 3,8% em relação ao da semana passada.
A valência também segue com cotações firmes, mesmo com a intensificação da colheita, com média de R$ 18,12/cx de 40,8 kg, na árvore, estável (+0,5%) na mesma comparação.
Já os preços da lima ácida tahiti registraram recuo frente aos da semana passada.
Segundo colaboradores do Cepea, a retomada das atividades de colheita e a baixa demanda influenciaram este cenário – uma vez que, no período anterior, os preços se elevaram expressivamente.
Na parcial da semana, a tahiti teve média de R$ 79,94/cx de 27 kg, colhida, recuo de 5% em relação à da semana passada.
Vale destacar, contudo, que a disponibilidade da tahiti paulista continua baixa, pois as frutas nas árvores ainda não atingiram o estágio de maturação e tamanho ideais para colheita.
Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br
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