Avançam negociações para exportação de gado vivo para Laos
O governo de Laos vai enviar cartas oficiais aprovando integralmente os requisitos propostos pelo Brasil para a exportação de animais vivos (bovinos para reprodução, engorda e abate) e carne de aves. Deverão ser igualmente aprovados por Laos, em breve, os requisitos zoossanitários propostos pelo Brasil para a exportação de sêmen e embriões bovinos e os requisitos sanitários para carne de suínos e bovinos.
O secretário adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Flávio Bettarello, reuniu-se com o vice-ministro da Agricultura e Florestas do Laos, Bounkhouang Khambounheuang, na semana passada, em Vientiane (Laos). Bettarello estava acompanhado da delegação da Embaixada do Brasil em Bangkok.
Ficou acertada a visita de uma equipe técnica de veterinários do Departamento de Pecuária e Pesca do Laos para que conheçam o sistema nacional de inspeção de carnes (bovinos, suínos e aves).
“Para o Brasil, o acesso ao mercado laociano representa boa oportunidade para se estabelecer em um país cuja economia cresce cerca de 7% ao ano e com grande potencial de aumento no consumo de proteínas animais. Insere-se, ainda, em nossa estratégia de consolidação no, cada vez mais promissor, mercado asiático”, avalia o secretário adjunto da SCRI.
O secretário adjunto e o vice-ministro discutiram ainda possibilidades de parcerias que representem agregação de valor a insumos brasileiros e o aproveitamento de oportunidades comerciais nos países fronteiriços ao Laos – China, Tailândia e Vietnã –, todos eles grandes mercados.
A missão brasileira também foi recebida pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Laos, Sengphet Houngboungnuang.
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Carlos Bruno Mundstock
SOBRE "EXPORTAÇÃO" DE ANIMAIS VIVOS -- Para criar uma elevada probabilidade de ressurgimento de doenças que se julgava controladas, emergentes ou reemergentes, ou oriundas de mutações de vírus e bactérias, teríamos que juntar milhares de animais em condições sanitárias deterioradas, por muitos dias, em estresse e com queda de imunidade, subalimentados, e circulá-los pelo mundo.
Mas, viriam as perguntas. A) Quem propositadamente faria isso? B) Onde? Respostas: A) A pecuária brasileira. B) No navio Nada. E noutros. Assim, ao enviar carga viva à Turquia, em navios com altíssimos níveis de colonização de microrganismos, um pequeno, equivocado e oportunista setor da pecuária brasileira, aético e abusivo de animais, poderia estar enviando também "saudações aftosas" àquele país, ou outras e novas doenças, e com isso inviabilizando futuras exportações de carne do Brasil. Os pecuaristas brasileiros não deviam permitir que essas embarcações "laboratório" sequer se aproximassem da costa brasileira, quanto mais aportar.