Conforto na oferta de animais em Três Lagoas (MS) faz frigoríficos comprarem para suas unidades de SP
Com as fêmeas que deveriam ter saído o ano passado e boi de pasto em maior volume, a pecuária de corte da região de Três Lagoas caminha para sentir mais pressão na @. E saindo de um diferencial de base quase parelho para os preços paulistas, em dezembro, vai alargando de 8 a 10%, em média, e justifica a exportação de animais para serem abatidos em São Paulo.
O resultado mais evidenciado desse panorama na abertura desta semana, segundo o produtor Marco Garcia, é o preço do boi a R$ 143 com 30 dias, mais ainda a fêmea perdendo R$ 10 desde dezembro, e valendo R$ 128, e escalas médias de 10 dias. Sendo que em até nos frigoríficos menores podem ser encontrados produção fechada para até 20 dias.
"Os grandes conseguem enxergar melhor a disponibilidade de animais e manobram melhor as compras", completa Garcia, ex-presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas.
E até por isso operam as compras e trazem para São Paulo, aproveitando a diferença de preço menor e a dificuldade de formar lotes maiores na praça paulista. "As grandes indústrias estão dos dois lados da fronteira", lembra.
Regular a demanda de São Paulo com a oferta do Mato Grosso do Sul confirma o que o Notícias Agrícolas trouxe na sexta (25), em entrevista com Francisco de Assis Brandão Filho, vice-presidente do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), com base em Araçatuba. O Marfrig e o JBS da região estão buscando animais no Mato Grosso do Sul.
E não é apenas mais próximos da fronteira que esse movimento é visto. Marco Garcia notou que há compras do Marfrig de Bataguassu para a planta de Promissão.
Por enquanto, a situação da região de Três Lagoas, que não difere muito do resto do estado, está dentro do esperado, com o início de safra indo normal e sem grandes problemas com as pastagens com os veranicos que tomam conta desde o começo de janeiro.
"Ainda é suficiente para engordar, mas se as chuvas não se estabilizaram pode complicar as forrageiras para março em diante", informou Garcia, que também é membro da Comissão de Pecuária de Corte da Famasul.
Ainda cedo, no entanto, para precificar a entressafra na B3 (ex-BM&F Bovespa). Aliás, com pouca liquidez, a B3 ainda não sinaliza o pecuarista que gosta de travar no mercado futuro, inclusive porque do lado do consumo ainda se aguarda algumas definições mais claras, como a reforma da Previdência, como sustenta o pecuarista.
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