Mato Grosso estuda incentivo de 3% para frigorífico; setor já desempregou 4 mil e rebanho precisa ser revisto
O governo de Mato Grosso estuda dar aos frigoríficos um incentivo de 3%. O percentual será único para todas as plantas existentes no estado. Somente com Serviço de Inspeção Federal (SIF) são aproximadamente 43 unidades, destas 19 fecharam nos últimos dois anos por falta de animais para o abate. De acordo com entidades do setor produtivo o rebanho bovino mato-grossense precisa ser revisto diante a atual situação.
Em Mato Grosso, de acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), existem cerca de 28 milhões de cabeças de gado. Entre 2010 e 2013 Mato Grosso levou mais fêmeas ao abate. Entre os motivos estava a pastagem e arroba em baixa. A falta de animais a partir de 2014 para serem levados aos frigoríficos já era esperada, visto que os bezerros que deveriam ter nascido naquela época estariam hoje sendo terminados.
No primeiro semestre de 2015 seis plantas frigoríficas fecharam as portas em Mato Grosso, como o Agro Olhar já comentou, levando em torno de 4 mil pessoas ao desemprego. Somente entre meados de junho e o dia 6 de julho três plantas encerraram as atividades.
“Paralelo a isso, você teve um processo de incentivo muito forte tanto do governo federal quanto do governo estadual para a abertura e ampliação de novas unidades frigoríficas dentro do estado e do Brasil. Esse efeito não teve na mesma proporção (incentivo) para o aumento da produção”, comentou ao Agro Olhar o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Seneri Paludo.
Questionado sobre a questão dos incentivos fiscais Seneri Paludo declarou que o governo do Estado já estuda três pontos para a cadeia. Um deles é a implantação de um incentivo único de 3%. O secretário revela que gestões passadas baixaram de 7% para 3,5% a carga mínima, além de através de conceder mais incentivos individuais por meio do Prodeic.
“Hoje, temos frigoríficos pagando 3,5%, frigoríficos pagando 1,8% e frigoríficos que não pagam nada. Então, dá esse desnivelamento da cadeia. Já estamos em conversa com os frigoríficos e vamos criar uma carga única. A nossa proposta nem é os 3,5% e sim 3% para todos”, frisa. Segundo ele, o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo-MT) solicita 2%. “Eles (industriais) alegam que nos outros estados da região é menor. O que é uma inverdade. Com exceção do Pará e Rondônia, que são estados de economias diferentes da nossa. Temos que comparar com Goiás e Mato Grosso do Sul”. Paludo destaca, ainda, que em Goiás a carga tributária para o setor é de 3%, enquanto para o Mato Grosso do Sul entre 4% e 5%.
Outro ponto estudado pelo governo do Estado para a cadeia pecuária e frigoríficos é a questão da carga tributária do boi em pé para que este não saia de Mato Grosso para ser abatido em outro estado. “O terceiro ponto estudado é um programa de médio e longo prazo para o incentivo ser para o produtor. Para o pecuarista voltar a produzir”.
Leia a notícia na íntegra no site Olhar Direto.
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