Preço do boi deve se acomodar no 2º semestre, mas 2015 será rentável para o pecuarista
O preço doi boi gordo deve ter um ajuste para baixo no segundo semestre deste ano, mas ainda assim, encerrar 2015 com preço maior que em 2014, tendo São Paulo como referência. A avaliação foi feita pela consultora de mercado e sócia-diretora da Agrifatto, Lygia Pimentel, durante o seminário Perspectivas para o Agribusiness 2015/2016, promovido pela BM&FBovespa e pelo Ministério da Agricultura, em São Paulo.
A expectativa para o período de julho a dezembro é de arroba a R$ 146 por arroba. No mesmo período em 2014, o valor médio foi de R$ 129,36 a arroba. “Quando a gente fala em um preço menor, pode parecer que a gente ainda está sendo pessimista, mas o ano ainda será positivo para o preço do boi, ainda é satisfatório e nos nossos cálculos, traz algum tipo de lucro”, afirmou a consultor, durante o painel que tratou das expectativas para a pecuária de corte.
Lygia avaliou que, mesmo “involuntariamente”, o mercado de boi gordo está mais favorável ao pecuaristaneste momento. Na avaliação dela, o criador ainda consegue ter rentabilidade, mesmo com os custos mais altos de reposição do rebanho. O risco está no longo prazo, quando ele terá que vender o bezerro comprado agora em um cenário de oferta maior, em função da atual retenção de fêmeas. “Esse bezerrocaro que ele comprou não se remunera lá na frente. O risco é altíssimo. Hoje ele está com a bola na mão, mas vai ter que transferir pra alguém”, ponderou Lygia.
Para a consultora, o principal problema da cadeia produtiva está na demanda, que tem se mostrado cada vez mais fraca. O atual cenário econômico do país – com expectativa de retração e econômica e alta da inflação – e concorrência com outras proteínas, como carne de frango e suíno, que tem sido mais baratas, impactam na decisão de consumo. De acordo com ela, quando a renda sobe 10%, o consumo de carne bovina sobe 5%, a mesma relação ocorrendo em caso de queda. De acordo com a consultora, a expectativa de queda na renda é de 3%, o que significaria uma redução de 1,5% no consumo de produto bovino.
Leia a notícia na íntegra no site Revista Globo Rural.
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