Tecnologia reduz em 30% tempo para criar gado com 21 arrobas em SP
Produzir mais e melhor em menor tempo deve ser o sonho de qualquer produtor rural. Mas para conseguir resultados satisfatórios é necessário planejamento. A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), desenvolveu tecnologia inédita para a produção de gado de corte. O trabalho foi conduzido no Polo Regional da Alta Mogiana da APTA, localizado em Colina, interior paulista. O chamado “Boi 7.7.7” tem como resultado um animal com sete arrobas na desmama, sete na recria e outras sete na engorda, totalizando 21 arrobas no momento do abate. Esse resultado é obtido em dois anos no máximo. No sistema tradicional de produção são necessários, no mínimo, três anos para o animal atingir 18 arrobas. Além da produção precoce, a tecnologia pode aumentar em até 30% os lucros dos pecuaristas.
Produtores de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Rondônia já começaram a adotar a tecnologia da APTA. As pesquisas para o desenvolvimento do Boi 7.7.7 começaram a ser realizadas há cerca de dez anos.
A produção de bovinos com qualidade e tempo 30% menor requer planejamento e estratégias. “É necessário que sejam utilizadas diversas ferramentas para atingir esse resultado. O trabalho envolve, principalmente, manejo de pasto e suplementação alimentar”, explica Gustavo Rezende Siqueira, pesquisador da APTA.
A dosagem da suplementação varia de acordo com o peso do animal: quanto maior, maior a dosagem. “Essa suplementação ajuda no ganho de peso e não causa nenhum prejuízo para a saúde do animal. Pelo contrário, ela proporciona melhor bem estar a ele”, afirma o pesquisador da APTA, Flavio Dutra de Resende.
Em uma produção normal, os produtores conseguem fazer o giro - como é chamado o período entre o início da produção até o abate - em três anos. Com a tecnologia APTA, é possível fazer um giro e meio nesse período. Essa precocidade do sistema é importante para toda a cadeia de produção. “Tempo é dinheiro. Essa redução no tempo de permanência do animal no pasto aumenta em até 30% os lucros dos produtores”, afirma Resende. Apesar de os custos de produção serem maiores, os pecuaristas conseguem produzir mais em uma mesma área e ter produtos com qualidade superior para comercialização.
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