Oferta de animais para confinamento está escassa em Minas
Publicado em 04/05/2015 07:31
A menor oferta de animais de reposição em Minas Gerais tem mantido os preços em patamares recordes e com valorização acima dos observados em relação à cotação do boi gordo, o que pesará na tomada de decisão dos pecuaristas em relação ao número de animais a serem confinados. A queda na oferta se deve ao maior abate de matrizes nos últimos anos, que reduziu a área de recria, além da seca que atingiu o Estado no ano passado, interferindo de forma negativa no índice de prenhez das matrizes. Em um ano, enquanto os preços pagos pela arroba do boi gordo subiram em média 25,6%, a cotação do boi magro avançou 37,8%.
De acordo com o analista de mercado da Scot Consultoria Mateus Ferreira, os preços nominais pagos pelos animais de reposição são recordes para o período e a tendência é de mercado firme, já que a oferta continuará limitada. "Como a estação de monta sofreu interferência da seca, o que reduzirá ainda mais a oferta de animais de reposição, a tendência é que os preços sigam valorizados. Existe a possibilidade de novas altas ao longo dos próximos meses, mas as mesmas não devem ser muito expressivas, já que o boi gordo está com valorização abaixo da observada em relação aos bovinos de reposição e os pecuaristas estão segurando as aquisições", avalia.
Segundo levantamento da Scot, o garrote tem sido negociado em Minas Gerais por R$ 1,45 mil e o boi magro por R$ 1,7 mil, em média, altas de 6,6% e 4,9% no mês. Em um ano, o valor pago pelo boi magro valorizou 37,8%, enquanto a arroba do boi gordo teve alta de 25,6%, na média do Estado.
Emater - De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), entre os dias 15 e 22, o boi gordo apresentou valores entre R$ 142 a R$ 144 por arroba, na região do Triângulo Mineiro, e nas demais regiões do Estado entre R$ 135 e R$ 137.
As cotações praticadas em Minas neste mês estão próximas às observadas em dezembro, entre R$ 133 e R$ 140 por arroba, quando a demanda é aquecida pelas festas de final de ano e a oferta de boi gordo é pequena, devido ao final do confinamento. Nesse período, normalmente são registrados valores recordes na arroba.
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Fonte:
Portal Diário do Comércio
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