O Brasil da recessão: consumo de energia bate recorde negativo, por LAURO JARDIM (VEJA.COM)

Publicado em 23/06/2015 09:16
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O Brasil da recessão: consumo de energia bate recorde negativo

termelétrica

Termelétricas estão em alta, apesar do consumo em baixa

Alguém duvida da paralisia da economia? A essa altura ninguém, mas os dados oficiais são fundamentais para que se mensure o tamanho da encrenca que qualquer um já vê no cotidiano.

No domingo, dia 21, foi observado o menor consumo de energia desde 2012. Foram consumidos irrisórios 46 963,75 megawatts médios (MWhmed).

Até anteontem, o menor consumo anterior havia sido no dia 1º de janeiro de 2012, com 43.679,00 MWhmed – um número totalmente justificável por se tratar de um feriado prolongado.

O Brasil pisou no freio, atolado na recessão, desemprego, inflação alta e tarifaço na energia.

A propósito, mesmo com o consumo pífio, as caras e poluentes termelétricas foram responsáveis por 28,7% de toda a energia consumida pelos brasileiros – o motivo é o baixo nível dos reservatórios.

Por Lauro Jardim

 

Toma, que a obra e a filha são tuas, Lula! Ou: Descobrimos! Chefão petista se juntou às empreiteiras para repensar o socialismo. Ou: O PT não está velho. Está morto!

Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda da conferência “Novos desafios da democracia”, promovida pelo instituto que leva seu nome e pelas fundações Friedrich Ebert e Perseu Abramo. O convidado de honra da mesa era Felipe González, ex-primeiro-ministro da Espanha, que Nicolás Mauduro, ditador da Venezuela e amigão de Lula, considera inimigo da democracia popular. Mas deixemos isso de lado agora.

O chefão petista resolveu ensaiar um discurso de autocrítica em nome do PT que é, na verdade, elogio em boca própria e esforço de se descolar do governo Dilma para tentar se candidatar à Presidência em 2018. Lula está tentando sobreviver. Não estava previsto que falasse, mas o falastrão não resistiu e discursou duas vezes. Em uma delas, voltou a pregar a regulamentação da mídia. O homem não tem cura.

No evento em que chegou a se dizer, por duas vezes, cansado, criticou, sim, o PT. Afirmou, referindo-se ao partido:
“Eu, sinceramente, não sei se o defeito é nosso, se o defeito é do governo… Eu acho que o PT perdeu um pouco a utopia. Eu lembro como é que a gente acreditava no sonho; como é que a gente chorava quando a gente falava (…) Hoje, a gente só pensa em cargo, a gente só pensa em emprego, a gente só pensa em ser eleito, ninguém mais quer trabalhar de graça…” E afirmou que o partido precisa de uma revolução.

Mas não ficou só aí, não. Cantando as próprias glórias, lembrou que, quando era presidente, realizaram-se 74 conferências com os movimentos sociais — é claro que fazia uma crítica indireta a Dilma Rousseff. Com aquela capacidade de ser grandiloquente sobre o nada, pregou a necessidade de repensar as esquerdas e, pasmem!, o socialismo! Agora já sabemos por que o Brahma era tão íntimo das empreiteiras: estava construindo o socialismo de concreto armado. Deveria haver um limite para o ridículo. Mas não há.

Lula quer tirar o corpo fora. Quando diz não saber se o erro é “nosso” (do PT) ou “do governo”, é evidente que está tentando se descolar da crise e da gestão Dilma, pensando exclusivamente no seu futuro politico, apesar de, “cansado”.

Nada disso! Tanto a obra como a filha pertencem a Lula. Dilma é aquela que ele escolheu para sucedê-lo, mas os desastres que estão dados não são obra exclusiva da companheira. Eles começaram a ser gestados nos oito anos de mandato do Poderoso Chefão. Foi ele que aproveitou uma janela de fantástico crescimento da China e elevação formidável das commodities brasileiras para erigir um modelo ancorado puramente no consumo, que tinha como substrato a explosão de gastos públicos, uma política de elevação de salários acima da produtividade e de contínua desindustrialização. Foi Lula quem demonizou as privatizações, gerando um formidável atraso na infraestrutura, e que interditou o debate político opondo “nós” (eles) contra “eles” — qualquer um que não aceitasse o catecismo herético do petismo.

O que fez Dilma? Deu continuidade ao modelo. Seu erro adicional foi não mudar de rumo quando as circunstâncias já eram outras, com a China crescendo muito menos, e as commodities despencando. É nesse ponto que ela, tendo como operador o inefável Guido Mantega, opta por bobagens novas para tentar cobrir os rombos produzidos pelas antigas: populismo tarifário, desonerações seletivas, compressão do preço dos combustíveis — contribuindo para levar a Petrobras à lona. E tudo isso, note-se, sem reduzir os gastos. Ao contrário: os gênios decidiram expandi-los, muito especialmente em 2013 e 2014, ano eleitoral.

Lula não sabe se o erro é do PT ou do governo Dilma? Ora, meu senhor! O erro é seu! Tome, que a obra é sua. Tome, que a filha — destinada a ser a Mãe do Brasil, não é isso? A Dilmãe … — também é sua. Lula está tentando deixar a sucessora pendurada na brocha, como, aliás, venho advertindo aqui há tempos. É claro que em circunstâncias normais, ela deveria, por exemplo, ter vetado o fim do fator previdenciário sem apresentar alternativa nenhuma. Mas foi pressionada, inclusive por seu criador. A proposta que está na MP do governo continua a inviabilizar o sistema.

Aberrações
Coitado do Felipe González! Deve ter ficado espantado. Em primeiro lugar, veio para um seminário sobre democracia e teve de se haver com chororô sobre questões de economia interna no PT. Depois, foi obrigado a ouvir Paulo Okamotto a confundir democracia — um ”exercício solitário de pensar”, segundo ele — com masturbação. O mesmo Okamotto ainda afirmou que as redes sociais “complicam” o regime democrático. Finalmente, Lula encontrou um tempinho para defender Saddam Hussein, no mesmo seminário em que já havia pregado o controle da mídia.

Lula está errado, é claro! O PT não está velho. Está morto. 

Por Reinaldo Azevedo

 

Comparsa de Lula acertava o valor das propinas pagas pela Braskem, petroquímica ligada à Odebrecht

O doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costaconfirmaram à Polícia Federal que a Braskem, petroquímica ligada à Odebrecht, pagou de 1% a 3% em propina, em dinheiro vivo, tanto para Costa quanto para políticos filiados ao Partido Progressista (PP) entre 2006 e 2012.

Os acordos para acertar o valor das vantagens indevidas eram feitos entre o ex-deputado federal José Janene, morto em 2010, e Alexandrino Alencar, executivo que era da Braskem, passou para a Odebrecht, acompanhava e pagava contas de Lula em viagens para lobby internacional e foi preso na 14ª fase da Operação Lava Jato.

Entre 2008 e 2012, Alexandrino Alencar, o homem da mala da Odebrecht, encontrou-se diversas vezes com Rafael Angulo Lopez, o homem da mala de Youssef que, além de distribuir a propina do petrolão para políticos, também fazia depósitos em contas no exterior para beneficiários do esquema criminoso.

Alexandrino Alencar, como Marcelo Odebrecht, não deveria cair sozinho.

Deveria dizer tudinho que sabe sobre seu companheiro de viagens conhecido como Brahma.

Lula Alexandrino ao Porto de Callao no Peru em 6 de junho de 2013 inpecionar obras da Odebrecht com o presidente Ollanta Humala

Lula e Alexandrino visitam o Porto de Callao, no Peru, em 6 de junho de 2013, para inspecionar obras da Odebrecht com o presidente Ollanta Humala

Alexandrino

Lula leva Alexandrino para o palácio presidencial da República Dominicana, também em 2013

Mais sobre a amizade dos dois – AQUI. Diga-me com quem andas…

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

 

SEMINÁRIO DE LULA – Para Okamotto, a democracia é uma masturbação com ambições de ser uma suruba

Não sei se o Brahma estava em seu estado normal ou se alterado por algum fator exógeno. O fato é que convidou Felipe González, ex-primeiro-ministro da Espanha, para debater democracia no instituto que leva o seu nome, e ele mesmo, Lula, defendeu a ditadura, ainda que com outras palavras. O homem rasgou a fantasia quando o tema “imprensa” surgiu à mesa. Tomou a palavra e defendeu a “regulamentação” da mídia, que, segundo ele, é comandada no Brasil por nove famílias e constitui a verdadeira oposição. Mais uma vez, o chefão petista traiu a real intenção do PT nesse caso: é controlar conteúdo, sim. Mais: se a mídia fosse a oposição, então ele estaria querendo controlar a… oposição!

Que coisa, né? Há dias, Felipe González esteve na Venezuela. Também ele tentou falar com os presos políticos, a exemplo do que fizeram os senadores brasileiros. Também ele não conseguiu. Deixou o país hostilizado pelo governo de Nicolás Maduro, que é um queridinho de… Lula. Entenderam? Nesse particular, o político espanhol pensa o que pensa a oposição brasileira, que o chefão petista chama de golpista. Há, portanto, uma diferença entre González e o ex-presidente brasileiro: um pode falar em nome da democracia; o outro não.

Quem abriu o seminário foi Paulo Okamotto, que é, assim, uma espécie de porão de Lula. Tudo o que diz respeito à vida do Babalorixá de Banânia, que é mais escuro e que não deve ser exposto na sala de visitas, está no subsolo, no departamento Okamotto, o homem que viajava com o Brahma a serviço das empreiteiras. Eu não conhecia o lado, digamos, pensador do camarada Okamotto. O país e o mundo estavam privados, até esta segunda, de um filósofo político inigualável.

Ouvindo Okamotto, a gente descobre que a democracia é, assim, uma espécie de masturbação que anseia ser uma suruba. Ele definiu de forma singularmente criativa esse regime político: seria o “exercício solitário de pensar o que é bom para as pessoas”. Ninguém nunca havia atingido essa altitude antes. Nem vai atingir. Calma que há mais.

O parceiro de viagens do Brahma refletiu também sobre as redes sociais. Segundo esse criativo pensador, elas “complicam a democracia”. Huuummm… Quando o PT atuava praticamente sozinho nas ditas-cujas, certamente ele não via complicação nenhuma. O PT, como esquecer, criou até uma coisa chamada “MAV” — Militância de Ambientes Virtuais, cujo objetivo é policiar as redes, trolar quem não é petista, assediar moralmente as pessoas, atacá-las, chamá-las de reacionárias, golpistas etc. No PT, quem cuida do tema é um de seus dirigentes mais poderosos: Alberto Cantalice, vice-presidente. Que gente exótica!

Okamotto só passou a achar que as redes sociais complicam a democracia quando os petistas começaram a perder a guerra virtual — e como perdem! O partido é motivo de chacota. É por isso que o governo veio com aquela cascata de uso responsável das redes. Como sempre, na raiz de todas as iniciativas dessa gente, está o ânimo para censurar.

Sempre que Lula se vê diante de uma personalidade internacional, ele decide refletir com aparente profundidade. Quase repetindo Reinaldo Azevedo, a quem ele atacou no congresso do partido, afirmou que o PT está velho e precisa de uma revolução: “Nós temos que definir se queremos salvar nossa pele, nossos cargos, ou nosso projeto”. Huuummm… Eu diria que os companheiros querem tudo isso. E, de preferência, com uma excelente remuneração. Ah, sim! Repetisse integralmente Reinaldo Azevedo, teria dito: o PT já morreu.

Lula promove um seminário de última hora para ver se consegue, repetindo a sua expressão, sair do volume morto. Vai ser difícil, né? Até porque ele tem a sua natureza. Ao citar uma figura pública internacional que teria sido injustamente vitimada, não teve dúvida e saiu em defesa de Saddam Hussein. Perguntou a González: “Alguma vez ele te causou problema?”. Eis uma pergunta que deveria ser feita, por exemplo, a milhares de curdos e iranianos mortos, vítimas do gás sarin. É nojento! Não impressiona que seja um aliado incondicional de Nicolás Maduro. González deve ter pensando: “Caramba! Olhem aonde vim parar!”.

É impressionante que o Brasil tenha produzido essa monstruosidade política disfarçada de operário bonachão e bom camarada.

Por Reinaldo Azevedo

 

Enquanto lulistas e dilmistas se descolam, Aécio cola Lula e Dilma, de olho em 2018

aecio-lula-dilmaLula disse na segunda-feira: “A gente só pensa em cargo, só pensa em emprego, só pensa em ser eleito”.

A Folha de S. Paulo perguntou então às duas alas do PT – dilmistas e lulistas – o que ele pretendia com isso.

Os dilmistas afirmaram que Lula “ensaia um descolamento de sua criatura para tentar sobreviver politicamente até 2018. Ele estaria passando a mensagem de que a responsabilidade pela atual crise política e econômica, que derrubou a popularidade da petista, é somente da presidente”. Segundo o jornal, “Dilma ficou muito contrariada com as ‘observações ácidas’ de Lula”.

Já os “aliados de Lula atribuem as críticas e reclamações do ex-presidente dirigidas a Dilma Rousseff como sinal de ‘indignação’ com a tentativa do governo de se descolar das acusações de corrupção que resvalam no ex-presidente na Operação Lava Jato. Para os lulistas, o Planalto tenta restringir a responsabilidade pelos desvios ao governo anterior para evitar a contaminação. Interlocutores dizem que o ex-presidente está ‘órfão’ e que sua sucessora não protege quem a colocou lá”.

Nunca pensei que fosse dizer isso, mas é claro que os lulistas têm razão: como reafirmei aqui no sábado, Lula está desesperado com o risco de ser preso e exige que Dilma Rousseff boicote a Operação Lava Jato.

Enquanto isso, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que parece ter começado sua campanha para 2018, trata de colar Lula e Dilma como duas faces do mesmo projeto de poder.

Ele postou no Facebook:

“O Brasil passa, hoje, por uma das maiores crises econômicas de sua história, com a previsão de crescimento negativo em torno de 2% do PIB, um desemprego que pode, ao final do ano, alcançar os 10%, juros na estratosfera e uma inflação que se aproxima a 9%. O PT está passando por um momento extremamente grave, mas toda a obra não é de autoria exclusiva da presidente Dilma. Essa é uma obra de autoria conjunta do ex-presidente Lula e da presidente Dilma – não há como descolar uma coisa da outra. O governo é o PT, o governo é Dilma, o governo é Lula.”

E tem de cair juntinho e misturado.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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Os utópicos e os oportunistas: Lula só pensa em salvar a própria pele

Fonte: GLOBO

Preciso interromper minhas reflexões mais profundas sobre Magna Carta e liberdade aqui em Estoril para comentar a fala mais recente do ex-presidente Lula. Ele disse certas verdades, talvez pela primeira vez na vida. É fato que não foi um desabafo sincero e espontâneo, mas uma estratégia oportunista (mais à frente). Ainda assim é interessante ter Lula dizendo aquilo que nós já falamos há anos, e deixando o PT sem reação.

Os petistas só pensam em cargo, em preservar seus empregos, disse o Brahma. É, portanto, o “partido da boquinha”, como Garotinho, outro contumaz oportunista, já acusou certa vez. Rui Falcão reage: silêncio. Um ensurdecedor silêncio. Quem cala consente? Eis o que disse Lula:

Eu acho que o PT perdeu um pouco a utopia. Eu lembro como é que a gente acreditava nos sonhos, como a gente chorava quando a gente mesmo falava, tal era a crença. Hoje nós precisamos construir isso porque hoje a gente só pensa em cargo, a gente só pensa em emprego, a gente só pensa em ser eleito e ninguém hoje mais trabalha de graça. [...] O PT precisa urgentemente voltar a falar pra juventude tomar conta do PT. O PT está velho. Eu, que sou a figura proeminente do PT, já estou com 69 (anos), já estou cansado, já estou falando as mesmas coisas que eu falava em 1980. Fico pensando se não está na hora de fazer uma revolução neste partido, uma revolução interna, colocar gente nova, mais ousada, com mais coragem. Temos que decidir se nós queremos salvar a nossa pele e os nossos cargos, ou queremos salvar nosso projeto. E acho que nós precisamos criar um novo projeto de organização partidária nesse país.

Sim, o PT está velho. Sim, o PT “perdeu” a utopia. Sim, o PT só quer saber de cargos e empregos (nunca de trabalho). Sim, Lula está falando as mesmas coisas dos anos 80. Como disse o presidente da Mercedes-Benz em entrevista recente à Folha, o Brasil regrediu uns 20 anos mesmo, e não há mais previsibilidade política ou econômica. E Lula “voltou” a fazer aquilo que faz melhor: oposição ao próprio governo, à sua criatura Dilma, que ele já disse ser ele mesmo em outra forma. O sindicalista voltou com tudo, repetindo bravatas, clamando por uma utopia.

O PT sempre foi dividido basicamente em dois grupos: o dos utópicos e o dos oportunistas. No primeiro, os “intelectuais” alienados que sempre sonharam com o socialismo, que amam as ideias mais do que os fatos, que precisam dar vazão à sua angústia existencial pregando soluções mágicas ou vendo o circo pegar fogo para aplacar seu niilismo. No segundo, os que enxergavam nesse discurso um projeto de poder, uma oportunidade para mamar nas tetas estatais. Lula nunca foi um idealista utópico.

Quando ele reclama que falta utopia no PT de hoje, sendo que é simplesmente o principal responsável por destruir o sonho dos utópicos, ele está sendo oportunista uma vez mais. Ele entende que sem essa utopia fica difícil preservar as boquinhas e o poder. Ele sabe que, no fundo, a batalha principal é no campo das ideias, e que não as mentes, mas os corações dos jovens precisam ser conquistados novamente com a venda de falsos sonhos.

O PT sofre com a fadiga do poder, com os infindáveis escândalos de corrupção, e as impressões digitais dos nove dedos de Lula estão em todas as cenas do crime. O PT está afundando como resultado inexorável de suas práticas nefastas e sua visão ultrapassada de mundo. Não dá para dissociar a utopia antiga do fracasso no governo. Simplesmente todas as experiências intervencionistas de esquerda falharam no mundo.

Diante dessa realidade, os oportunistas precisam dos utópicos uma vez mais, para requentar os velhos sonhos, ainda que sob nova embalagem. O importante é não parar de vender falsas esperanças, para que as tetas estatais continuam ofertando recursos públicos para os parasitas. O PT não passa disso hoje: com a debandada dos utópicos, hoje no PSOL, restaram apenas os oportunistas. E Lula sabe que esse é o caminho da morte política. Por isso, e só por isso, ele fez esse “desabafo”, que parece, para os mais ingênuos, algo genuíno.

Como já disse aqui, não haveria Lula sem os “intelectuais” por trás. Lula sabe disso. Por isso chama os “católicos” da CNBB de volta ao jogo. Por isso quer os utópicos engambelando os jovens novamente. Por isso reclama do envelhecimento do seu partido, da cobiça pura e simples por cargos. É a última tentativa que os oportunistas, liderados por Lula, têm de salvar a própria pele.

Rodrigo Constantino

 

Os pobres são os que mais sentem a piora da situação econômica com Dilma e os que mais rejeitam Haddad

dilma-haddad-lulaO Datafolha não revelou apenas que Dilma Rousseff é reprovada por 65% dos brasileiros, o mesmo índice pré-impeachment de Fernando Collor de Mello, em setembro de 1992.

Com base na mesma pesquisa, a coluna Painel, da Folha, informou hoje também:

“Os segmentos de renda mais baixa são os que mais reclamam que sua situação econômica piorou nos últimos meses: o índice é de 55% entre quem ganha até 2 salários mínimos por mês.

Na classe média, de 2 a 5 salários mínimos, a taxa de quem sentiu a piora na pele é de 51%. Entre os mais ricos, tradicionalmente refratários a Dilma, o percentual cai para 41%.”

Como nós, “coxinhas”, dizemos há muito tempo:

a) Os pobres são os que mais sofrem com a crise.

b) O PT é o partido dos ricos. (Especialmente daqueles que, como Eike Batista e Marcelo Odebrecht, contam com fortunas do BNDES petista para suas empresas.)

Veja o curioso caso do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do PT.

Embora atribua aos ricos a sua reprovação, ele é mais reprovado pelos pobres.

Nas classes A e B, o prefeito é rejeitado por 69% dos paulistanos.

Nas classes D e E, esse índice sobe para mais de 74%, segundo uma pesquisa do Instituto Paraná.

Os pobres, em suma, estão insatisfeitos com os resultados do PT. Os pobres deveriam ouvir mais os “coxinhas”.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

 

Marfrig cortará dívida pela metade; JBS encorpa na Europa

Meu colega Lauro Jardim acaba de noticiar, com exclusividade, que a JBS comprou a Moy Park, a empresa de frangos da Marfrig na Europa, por 1,5 bilhão de dólares.Marcos Antonio Molina

Para a Marfrig, a venda da Moy Park significa um alívio imediato em seu endividamento, que no final do primeiro trimestre chegava a 6,2 vezes sua geração de caixa dos últimos 12 meses, um número considerado alto em qualquer setor da economia.

A Marfrig deve usar os recursos da venda para abater quase metade de sua dívida líquida de 10,7 bilhões de reais, 94% da qual é devida em outras moedas que não o real, o que deixa a empresa mortalmente vulnerável às oscilações do câmbio.

Agora, a joia da coroa da empresa controlada por Marcos Molina é a Keystone, que tem sede nos EUA e é uma das maiores fornecedoras do McDonald’s.

A Moy Park, cujo portfólio de cinco marcas inclui uma linha ‘Jamie Oliver’ de ‘ready-to-cook chicken products’, fatura 2,3 bilhões de dólares por ano e tem uma margem EBITDA de cerca de 8%.

A empresa, que respondia por 26% do faturamento da Marfrig, é a maior produtora de carne de aves da Irlanda do Norte, com 14 plantas na Inglaterra, França, Holanda e Irlanda.

Wesley Batista

A JBS pagou cerca de 9 vezes o EBITDA da Moy Park estimado para este ano, de 520 milhões de reais. Trata-se de um múltiplo mais caro do que o da própria JBS, que negocia a 6,5 vezes EBITDA, mas cerca de 20% mais barato do que a Cranswick, uma concorrente da Moy Park listada em Londres, que negocia a 10-11 vezes EBITDA. (Nos EUA, a Tyson Foods negocia a 7-8 vezes EBITDA.)

A aquisição dá à JBS acesso a um portfólio de marcas em um mercado gigantesco, a União Europeia, e aumenta sua capacidade de vender produtos de suas outras plataformas (carne bovina) na UE.

Até agora, a presença da JBS na Europa era bastante tímida. A empresa dos irmãos Wesley e Joesley Batista tinha apenas uma pequena operação industrial no norte da Itália, que fabrica bresaola, bem como dois escritórios comerciais, um em Londres e um na Holanda.

Apesar de ser uma empresa de frango e conceitualmente se encaixar no negócio da JBS Foods, a JBS pretende manter a Moy Park como uma empresa independente, como é o caso da Pilgrim’s Pride, nos EUA, da qual a JBS tem 75%, disse uma pessoa a par do assunto.

Para analistas de mercado, faria sentido a JBS juntar todos estes ativos numa grande ‘multinacional do frango’. “Você tem o Tomazoni [CEO da JBS Foods, ex-Sadia] que conhece todo o business… por que você vai desperdiçar isso? O ideal seria juntar tudo que é frango na JBS Foods e deixar a JBS apenas com carne bovina. Deve haver sinergias em manter cada tipo de proteína debaixo do mesmo guardachuva.”

A JBS Foods, o negócio de frango que a JBS pretende levar para a Bovespa num IPO, é dona das marcas Seara, Rezende, Doriana, Frangosul, entre outras.

Por Geraldo Samor

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