Sérgio Moro lava a jato caminho para chegar a Lula. Prisão de Duque e Assad aproxima investigação do ex-presidente

Publicado em 16/03/2015 15:18
por Felipe Moura Brasil, de veja.com

LulaCocandoCabeca1Tremei, Lula!

Não adiantou o STF vergonhosamente mandar soltar e depois deixar solto o petista graúdo Renato Duque, a pedido do ex-presidente da República.

A Operação Lava Jato acaba de prender de novo o ex-diretor de Serviços da Petrobras, afilhado do mensaleiro José Dirceu.

Motivo: o Ministério Público Federal descobriu que ele continuou lavando dinheiro mesmo depois da deflagração da Lava Jato, em março de 2014.

Duque, de fato, “esvaziou” suas contas na Suíça e enviou 20 milhões de euros para contas secretas no principado de Mônaco. O dinheiro, que não havia sido declarado à Receita Federal, acabou bloqueado pelas autoridades locais.

A 10ª fase da Lava Jato, batizada de “Que país é esse?”, responde portanto no nome e na prática ao cinismo de Duque, que pronunciou essa pergunta no dia em que foi preso pela primeira vez, em novembro do ano passado.

Como não adorar o trabalho do juiz Sérgio Moro e dos procuradores do MPF?

De quebra, eles pegaram também Adir Assad, apontado como verdadeiro dono de empresas utilizadas pelas empreiteiras para lavar dinheiro no esquema do petrolão.

Na época da CPI do Cachoeira, a VEJA descreveu Assad como o “rei dos laranjas e dos caixas de campanha”, tendo faturado 1 bilhão de reais com serviços de corrupção e financiamento clandestino de candidatos.

Queridinha do governo Lula, a JBS Friboi pagou 1 milhão de reais, na “véspera da eleição” de 2010, a uma empresa de Assad. Em 2011, a usina São Fernando Açúcar e Álcool desembolsou 3 milhões de reais para Assad.

O dono da JBS é “amigo do peito do ex-presidente” e o dono da São Fernando é José Carlos Bumlai, amigo íntimo de Lula que se tornou peça-chave do petrolão.

Foi Bumlai quem:
1) garantiu a Fernando Baiano, operador do PMDB no esquema, o livre acesso dentro da Petrobras;
2) avalizou a nomeação do até então desconhecido funcionário Nestor Cerveró para diretor internacional da estatal;
3) assegurou os “privilégios” da UTC junto à Petrobras, permitindo que ela se tornasse uma das maiores empreiteiras do Brasil e uma das maiores doadoras do PT.

O desespero petista
É por essas e decerto outras que Gerson Camarotti, do G1, escreveu que “integrantes da cúpula do PT ouvidos pelo blog demonstraram apreensão com a prisão de Renato Duque. Apesar das negativas oficiais, no PT todos reconhecem que Duque era um homem ligado ao partido, principalmente a José Dirceu. O temor na legenda é que uma prisão prolongada de Duque acabe tendo efeito psicológico sobre o ex-diretor semelhante ao que ocorreu com Paulo Roberto Costa, que, depois de preso pela segunda vez, acabou fazendo delação premiada”.

O PT, portanto, teme que Duque diga a verdade e entregue seus comparsas do alto escalão.

Em mais uma jogada de craque, Sérgio Moro lavou a jato o caminho para chegar a Lula. Os 2,2 milhões de brasileiros que foram às ruas contra Dilma e o lulopetismo no domingo, segundo atualização do G1 nesta segunda, podem comemorar mais essa vitória.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

 

Novo protesto contra Dilma está marcado para 12 de abril

Movimento Brasil Livre e Revoltados On Line, dois dos grupos que organizaram o ato de 15 de março contra a presidente Dilma Rousseff, confirmaram o próximo para 12 de abril. Assim como este blog, ambos defendem o impeachment. Assim como este blog, ambos desejam que o número de 2,2 milhões de brasileiros nas ruas aumente ainda mais.

12 de abril

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

 

Os espantalhos se deram mal

Uma excelente notícia dos protestos contra Dilma foi a derrota de alguns dos espantalhos da oposição – aqueles reaças caricatos que só constrangem os manifestantes e afastam o cidadão comum da onda contra o governo.

Em Copacabana, o deputado Jair Bolsonaro (aquele que disse que não estupraria a deputada Maria do Rosário “porque ela não merece”) tentou subir no carro de som, mas foi vaiado pelos manifestantes. Diante da vaia, um participante do Movimento Brasil Livre perguntou, pelo microfone, se as pessoas queriam um discurso de Bolsonaro. “Não!”, gritou a multidão.

Em São Paulo, a turma do SOS Forças Armadas, com suas constrangedoras faixas pedindo intervenção militar, ganhou gritos de “Fora!”, “Fora, militares” e “Militares não, eu quero Lula na prisão”. Às 17h, diante das vaias puxadas pelos liberais do Movimento Brasil Livre, o SOS Forças Armadas foi embora do protesto. “Intervenção militar é golpe, é recalque, é inconstitucional”, disse Renan Santos, do MBL. “Quem pede a volta dos militares mais atrapalha que ajuda.”

A derrota dos espantalhos era mais que necessária. Os protestos de ontem mostraram que o descontentamento com o governo tomou conta do eleitor médio, que não se encaixa em estereótipos e pouco se apega a esquisitices ideológicas.

Espantalho

Blogs de Veja.“Intervenção militar já”, grita o espantalho

Economia, Fluxo para Bolsa

É verdade: a ‘crise internacional’ não acabou — na Bovespa

Por Geraldo Samor

Não é à toa que a Presidente Dilma fica falando dessa tal crise internacional: para os investidores em Bolsa no Brasil, é como se ela nunca tivesse acabado.

Uma comparação dos retornos de 25 mercados de ações feito pela corretora CLSA descobriu que a Bovespa foi o único mercado com retorno negativo — em dólares — desde que o S&P bateu no fundo do poço em 9 de março de 2009.

Durante a crise — que o CLSA delimitou como tendo começado em 1 de novembro de 2007 e terminado em 9 de março de 2009 — o Brasil caiu 58,5%, quase o mesmo que o Nasdaq (- 54,6%) e a Bolsa de Paris (- 60,8%).

Mas desde aquele 9 de março que marcou o fundo do poço até hoje, todos os 25 mercados analisados pelo CLSA subiram (alguns, demais), exceto o Brasil, que caiu 6,8% desde então.

É óbvio que esse número não conta toda a história da Bolsa brasileira neste período: muitas empresas recuperaram seus valores de mercado e hoje negociam perto de suas máximas históricas, pelo menos em termos nominais.

Em boa parte, a Bolsa brasileira ficou para trás porque grandes nomes do índice implodiram: a Petrobras foi devastada pela ingerência estatal e, depois ficamos sabendo, pela roubalheira em escala industrial exposta pela Lava Jato; a OGX, que tinha o brilho de uma supernova, passou a ser o grande ‘buraco negro’ da Bolsa na quebra mais espetacular de uma empresa brasileira até hoje; e a Vale, coitada, mergulhou por causa dos preços do minério, que caíram mais de 50%. Além disso, o real se desvalorizou nos últimos anos.

Mas o câmbio e as mazelas das outrora ‘blue chips’ também não explicam tudo: até um país como a Rússia, que sofre sanções internacionais e acaba de passar por uma máxi cambial, performou melhor que o Brasil.

Entre os BRICs, a Índia subiu 184%, contra 89% da China, 31% da Rússia.

A política econômica dos últimos anos, que enfraqueceu os fundamentos da economia e tirou o Brasil da vitrine dos mercados, certamente é outra responsável por essa má performance.

***

A propósito, a semana passada marcou o sexto aniversário daquela mínima do S&P. Para se ter uma ideia de como o mundo estava ‘barato’ naqueles dias, você podia comprar uma ação da Apple por 12 dólares. Hoje, ela vale 123.

Como lembra o corretor da CLSA em sua nota bem humorada (veja suas anotações abaixo), “é claro que naqueles dias você precisaria de muita coragem para abrir o seu talão de cheque [e ir às compras] depois de tudo que tinha acontecido. Mas não se preocupe, porque tem muito analista achando que teremos outra oportunidade de comprar a preços baixos muito em breve.”

 

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Por que sou fã de Dilma Rousseff

Por Leandro Narloch

O leitor deve estranhar uma declaração como esta por aqui, mas eu preciso admitir: sou fã da presidenta. Adorei que ela foi reeleita. Acho um absurdo defenderem o seu impeachment. Espero para que Dilma seja fiel a suas ideias brizolistas e mude ainda mais o Brasil.

Meu motivo é o simples: eu torço pela completa ridicularização da política. Todo dia, antes de dormir, ajoelho e rezo para minha divindade máxima:

- Mussum, por favor, faça com que amanhã os brasileiros confiem menos nos políticos. Faça crescer neles um desprezo ainda maior pela política. Que eles considerem pura piada deixar políticos gerir empresas, imprimir dinheiro ou cuidar de escolas ou hospitais. Obrigadis.

Pelas notícias dos últimos anos, parece que o grande Mussum tem atendido meus pedidos. O partido que dizia ser diferente dos outros hoje luta para nos convencer que é tão corrupto quanto os outros. O partido que encheu intelectuais de esperança agora os deixa repletos de decepção. A corrupção na Petrobras constrange quem um dia foi contra privatizá-la.

É por isso que Dilma me encanta. Ninguém contribuiria tanto para a ridicularizarão da política.

Claro que vejo falhas na presidenta. Por exemplo, ter chamado Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. Que homem mais entediante, racional, sensato. Não é o que precisamos. Precisamos era de um Arno Augustin no Ministério da Fazenda (falando nisso, cadê o Arno Augustin?). Só um típico intelectual da Unicamp, daqueles que colocam a ideologia à frente da realidade, tem potencial para mostrar aos cidadãos o estrago que um governo é capaz de fazer.

No geral, porém, o governo Dilma está do meu lado. A presidenta se reúne com Dias Toffoli; eu rio por dentro: “tá vendo, eu disse que é loucura deixar a política influenciar o Judiciário”. A presidenta dá um discurso ou uma entrevista na TV; os políticos, como classe, ficam desacreditados. Lula organiza um ato em defesa Petrobras; o povo entende que o próprio Lula já perdeu a noção do ridículo.

Quem, como eu, torce pela ridicularização da política precisa lutar contra essa ideia de impeachment. Se Dilma seguir no mandato, poderemos desfrutar mais quatro anos dessa ópera bufa. Arrasa, Dilma!

Vídeo mostra “elite branca” no entulho contra Dilma

Atenção: mais cenas fortes para o PT.

Em plena cidade natal da presidente Dilma Rousseff – Belo Horizonte -, dois coxinhas-golpistas-elite-branca-loira-de-olhos-azuis disfarçados de proletários saltam de dentro de uma caçamba de entulho e engrossam o coro de “Fora Dilma!” durante o ato de 15 de março.

O Brasil precisa mesmo se livrar desse entulho.

(Obrigado, leitor Gilmar.)

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

 

 

“Reforma” necessária é saída de Dilma. O resto é empulhação do PT para se limpar na própria sujeira
15 BH charlatan

Belo Horizonte, 15 de março

Era uma vez Joãozinho.

Ele roubava chicletes dos colegas de escola.

Mas os colegas se cansaram de ser roubados e protestaram contra Joãozinho no pátio.

Aquilo parecia ruim para Joãozinho, mas ele tinha um plano para que acabasse sendo bom.

Como remédio contra a indignação geral, Joãozinho propôs a reforma na venda dos chicletes.

Alegou que o fato de todo mundo poder comprar chicletes na rua abria as portas para o roubo na escola.

De agora em diante, os chicletes só poderiam ser vendidos na cantina.

A cantina da escola pertencia ao pai de Joãozinho.

Ninguém confiava nele. Mas Joãozinho insistia que, se a reforma não fosse feita, os roubos seriam inevitáveis.

Que roubos? Os roubos de Joãozinho, claro.

Era uma vez o PT.

Ele roubava 300 milhões de dólares dos brasileiros, por meio da Petrobras.

Mas os brasileiros se cansaram de ser roubados e protestaram contra o PT nas ruas do país.

Aquilo parecia ruim para o PT, mas o partido tinha um plano para que acabasse sendo bom.

Como remédio contra a indignação geral, o PT propôs uma reforma do sistema político.

Alegou que o fato de todas as campanhas poderem receber dinheiro de empresas privadas abria as portas para a corrupção.

De agora em diante, os financiamentos só poderiam ser públicos.

O maior partido receberia a maior bolada de dinheiro. E o maior partido é o PT, que também conta com as doações não estimáveis que os sindicatos sob seu controle sempre lhe fazem.

Ninguém mais confia no PT. Mas o PT insiste que, se a reforma não for feita, os roubos continuarão sendo inevitáveis.

Que roubos? Os roubos do PT, claro.

Perto do partido, Joãozinho é um santo.

Felipe Moura Brasil ⎯ https://www.veja.com/felipemourabrasil

“Como foi absolvida?”, pergunta o comediante inglês John Oliver ao comentar o envolvimento de Dilma Rousseff no escândalo do Petrolão

Pela terceira vez em menos de um ano o Brasil foi alvo da ironia de John Oliver. Na primeira, em junho de 2014, o assunto foi a “anexação do País do Futebol ao reino corrupto de Joseph Blatter”. Agora, o comediante inglês tentou explicar aos expectadores do programa Last Week Tonight o que foi o Petrolão: “Quando eles dizem ‘receber propina’ não é aquela de 5 mil dentro de um envelope deixado sob um banco”, ponderou. “As maiores empresas de engenharia do Brasil supostamente pagaram, pelo menos, 800 milhões de dólares em subornos e outros fundos para garantir contratos. 800 milhões!”.

Depois de mostrar cenas do panelaço que tomou conta de diversas cidades do país durante o último pronunciamento de Dilma Rousseff, em 8 de março, Oliver observou: “Se você acha que os brasileiros estão exagerando com essa história, há mais uma coisa que você deve saber sobre o envolvimento de Rousseff nesse escândalo”. Em seguida, uma voz em off conta que Dilma dirigiu o conselho da Petrobras por sete anos, “quando grande parte da corrupção ocorreu”, mas foi absolvida de qualquer envolvimento no esquema. “Como foi absolvida?”, pergunta Oliver. Os brasileiros decentes também estão tentando entender.

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Fonte:
veja.com

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