Paulo Roberto demonstra que sistema de “compliance” da Petrobras é uma piada; só ele, um peixe médio, topa devolver R$ 70 milhõe

Publicado em 01/10/2014 19:05 e atualizado em 02/10/2014 15:31
por Reinaldo Azevedo, de veja.com

Paulo Roberto demonstra que sistema de “compliance” da Petrobras é uma piada; só ele, um peixe médio, topa devolver R$ 70 milhões; imaginem quanto levam os tubarões. Mas a canalha grita: “Viva o estatismo!”

Paulo Roberto Costa, o ex-diretor da Petrobras que fez um acordo de delação premiada, já saiu da cadeia. E isso quer dizer que há muita gente com receio… de ir para a cadeia. Ele deixou a carceragem da Polícia Federal de Curitiba às 13h30, onde estava desde 11 de junho, e seguiu para o aeroporto Afonso Pena. Vai para o Rio, onde mora a sua família, e ficará em prisão domiciliar, protegido por agentes federais e monitorado por uma tornozeleira eletrônica. Isso quer dizer que as informações que prestou em sucessivos depoimentos, acompanhados pelo Ministério Público Federal, foram consideradas relevantes para investigar a atuação da quadrilha que operava na Petrobras. E é por isso que há muito figurão com medo.

Sabem quanto Paulo Roberto aceitou devolver para os cofres públicos no acordo de delação premiada que fez? R$ 70 milhões! É do balacobaco! O homem ficou como diretor de abastecimento na Petrobras por 10 anos. Ele admite, portanto, que amealhou, de forma ilegal, uma média de R$ 7 milhões por ano. Reitero: isso é o que ele admite.

Todos sabemos que gente assim não morre na miséria. Esse dinheiro que voltará aos cofres públicos é aquele a que a investigação conseguiu chegar. Será que é tudo? Pelo visto, nunca saberemos. Mas uma coisa nós sabemos: Paulo Roberto era apenas uma peça do esquema. Paulo Roberto era apenas um estafeta numa organização. Paulo Roberto era apenas — e isto está ficando cada vez mais claro — o homem do PP na Petrobras. Se ele, um peixe de médio porte, admite ter embolsado ao menos R$ 70 milhões, quanto as sucessivas safadezas terão rendido àqueles que realmente mandavam, àqueles que eram seus chefes na estrutura criminosa?

A informação põe em xeque todo o sistema de controle da Petrobras. Então a maior empresa do país, de economia mista, com ações negociadas na Bolsa, tem uma estrutura que permite que um único homem — que estava longe de ser o mais poderoso — enfie a mão em admitidos R$ 70 milhões? Que diabo de sistema de “compliance” existe na Petrobras? Ela está preparada para seguir as normas legais, as práticas saudáveis de mercado, os melhores interesses da empresa, dos seus sócios e da cidadania? Acho que não!

A razão é simples: será que uma empresa administrada por partidos políticos, que obedece às vontades de governos, que está sujeita a toda forma de politicagem vagabunda, consegue mesmo ter um sistema de compliance? Ontem, no debate entre candidatos ao governo de São Paulo, um desses pterodáctilos disfarçados de políticos vituperou contra a Sabesp por ser uma empresa com ações na Bolsa. E foi seguido por outros pterodáctilos, que ficavam expelindo bobagens na televisão em favor do estatismo. Até o sedizente empresário Paulo Skaf vituperou contra o fato de a Sabesp ser uma empresa submetida às saudáveis regras da economia de mercado.

Se a Petrobras fosse uma empresa privada, Paulo Roberto não teria levado R$ 70 milhões do que nos pertence. Agora pensem na organização como um todo, no conjunto das estatais e no tamanho do estado brasileiro e imaginem quanto o estatismo rouba de cada cidadão, de cada desdentado, de cada criança barrigudinha, de cada analfabeto, de cada sem-casa, de cada sem-futuro, de cada trabalhador, de cada contribuinte, de cada um de nós, que ganha a vida honestamente.

Não obstante, as esquerdas bucéfalas saem por aí gritando: “A Petrobras é nossa! As estatais são nossas!”. São, sim: DELES! Nós somos apenas as vítimas.

Por Reinaldo Azevedo

Viagem de algemas

No ferro

No ferro

Paulo Roberto Costa, enfim, está em casa. Mas no trajeto Curitiba-Rio de Janeiro não houve moleza.

PRC viajou com algemas nas mãos, ligadas a outras duas nos pés. A parafernália só foi retirada no Rio, onde PRC recebeu a tornozeleira pela qual cada passo será monitorado.

Por Lauro Jardim

Youssef e a delação de PRC

Depoimento na CPI de compadres

Despertando curiosidades

Não são apenas Dilma Rousseff e os parlamentares que andam loucos para conhecer integralmente a delação premiada de Paulo Roberto Costa. Alberto Youssef e seus colegas também.

Homologado o acordo da delação de PRC, os advogados do doleiro e dos demais envolvidos na Operação Lava-Jato irão à Justiça Federal do Paraná pedir acesso ao documento.

Além do conteúdo bombástico, no caso dos suspeitos, a turma quer saber o que PRC conseguiu barganhar com o Ministério Público para topar contar o que sabe.

Por Lauro Jardim

O governo e os mercados: a incompetência é a pior forma de esquerdismo, e o esquerdismo, a pior forma de incompetência

O cenário externo nesta quarta não foi dos mais hospitaleiros, como vocês poderão constatar caso pesquisem — com dados não muito estimulantes das economias alemã e americana —, mas o que teve peso definitivo no mau humor dos mercados no Brasil foi mesmo o quadro eleitoral. Mais uma vez, aconteceu o que já virou rotina: sobe a possibilidade de Dilma ser eleita, descem a Bolsa e o real. O dólar à vista fechou em alta de 1,37%, cotado a R$ 2,487; o comercial subiu 1,46%, a 2,485, maior patamar desde 8 de dezembro de 2008. O Ibovespa fechou em baixa de 2,32%. Quem puxou a queda? As ações da Petrobras: as PN caíram 5,53%, e as ON, 4,93%. Nesta semana, a Bolsa acumula perdas de 7,6%.

Escrevi ontem neste blog que existe, sim, um movimento especulativo em curso. Ocorre que movimentos especulativos não existem por acaso. Quando os governos são fracos, trapalhões ou incompetentes, fica mais fácil criar climas artificiais. É da natureza do jogo. Quando lideranças políticas relevantes são irresponsáveis, os “espertos” sempre saem ganhando, contra o interesse coletivo.

E este é, precisamente, o caso do Brasil: a soma de um governo incompetente com a discurseira oca de falastrões. Nesta terça, num discurso em Itapevi, em São Paulo, Lula, o Babalorixá de Banânia, que jamais cumpriu a promessa de ir cozinhar coelho em sua chácara, disparou: “Hoje eu ouvi dizer que o mercado está nervoso porque a Dilma vai ganhar. Ganhei em 2002 e 2006 e não pedi voto para o mercado. Dilma ganhou em 2010 e não pediu voto pro mercado. A gente pede voto é pras pessoas”.

A afirmação é mentirosa de cabo a rabo. Lula fez mais do que pedir voto para o mercado em 2002. Ele se ajoelhou diante dele. Tanto é que seu partido redigiu a “Carta ao Povo Brasileiro” — texto escrito, diga-se, num banco de investimento e, saibam, com a supervisão tucana. Um dia essa história virá à tona direitinho. Em 2006 e em 2010, o PT não precisou “pedir” o voto do mercado porque já o tinha. Como Lula vive declarando, e é verdade, nunca antes na história “destepaiz” o setor financeiro havia lucrado tanto.

Assim, registre-se, então, a mentira contada por Lula. Mas não só: das quatro últimas jornadas eleitorais petistas, esta é aquela em que o partido faz o discurso mais bucéfalo, mais atrasado. Em 2002, o Apedeuta se ocupava de provar que era o “Lulinha Paz e Amor” inventado por Duda; agora, Dilma resolveu brincar de esquerdista autêntica. Em certa medida, é tudo mentira. Essa gente é mais incompetente do que propriamente esquerdista. E, bem, o esquerdismo é a pior forma de incompetência, e a incompetência, a pior forma de esquerdismo.

O mercado põe preço nas bobagens que vêm sendo ditas por Dilma e nas boçalidades vocalizadas por Lula, mesmo não acreditando nas bravatas. Há especulação? Há, sim. Mas ela só prospera porque há um governo incompetente e trapalhão, que tenta transformar sua inabilidade em ideologia.

 

Estado Islâmico decapita dez pessoas na Síria, incluindo três mulheres: Chamem a Dilma para “dialogar”:...

Na VEJA.com:
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) decapitou sete homens e três mulheres em uma região curda no norte da Síria, disse um grupo de monitoramento dos direitos humanos nesta quarta-feira. O diretor da entidade civil oposicionista Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdulrahman, afirmou que os assassinatos fazem parte de uma campanha bárbara para atemorizar moradores que resistem ao avanço do grupo extremista.

Segundo o OSDH, os mortos são cinco combatentes curdos que lutavam contra o EI, incluindo três mulheres, e mais quatro rebeldes árabes sírios. A outra vítima é um civil curdo que também teve a cabeça arrancada. Eles foram capturados e decapitados na terça-feira em um local a cerca de 14 quilômetros a oeste de Kobani, uma cidade curda cercada pelos jihadistas, nas proximidades da fronteira turca . “Não sei por que essas pessoas foram presas e decapitadas. Somente o Estado Islâmico sabe”, disse Abdulrahman.

O Estado Islâmico, que proclamou um califado em uma região que abrange parte da Síria e do Iraque, tem praticado várias decapitações de combatentes inimigos e civis na Síria e Iraque. Tais atos são com frequência perpetrados em público e acompanhados de uma mensagem de que qualquer oposição, violenta ou não violenta, não vai ser tolerada.

Escalada de violência no Iraque
Os atos de violência durante o mês de setembro no Iraque tiraram a vida de 1.119 iraquianos e feriram outros 1.946, informou nesta quarta a missão das Nações Unidas no Iraque (Unami, na sigla em inglês). O número de civis mortos chegou a 854, o de feridos a 1.604, e a 265 entre os membros das forças de segurança (incluídas as tropas curdas, as forças especiais e as milícias que apoiam o exército iraquiano), além de 342 feridos, indicou a Unami em comunicado.

Na nota não foram especificadas as circunstâncias de morte dos integrantes das forças de segurança, nem números sobre o número de mortos ou feridos nas fileiras do grupo jihadista EI. Os números também não incluem as baixas nas operações registradas na província de Anbar, no oeste do país, por causa da dificuldade de verificar alguns fatos e elaborar um relatório sobre as vítimas. A ONU informou em seu texto da impossibilidade de verificar informações sobre um grande número de vítimas dos efeitos secundários da violência, como a falta de água, de alimentos, remédios e de cuidados básicos de saúde. Por isso, insistiu que “os números apresentados têm que ser considerados como o mínimo absoluto”.

Por Reinaldo Azevedo

 

Debate em São Paulo: a dobradinha de Skaf, o empresário que não tem empresa, com Padilha, o petista que não é trabalhador. Ou: A união exótica do não capital com o não trabalho

A TV Globo realizou ontem o debate final — antes do primeiro turno — entre os candidatos aos governos dos Estados. Assisti, é evidente, ao de São Paulo. Pois é… A ditadura ainda em vigência da Lei Eleitoral obriga a que se tratem em pé de igualdade os que podem ser eleitos e aqueles que dão traço nas pesquisas. É um absurdo que as TVs e as rádios sejam impedidas de confrontar as ideias, opiniões e propostas dos que efetivamente têm alguma chance de vencer a eleição — e o mesmo vale para a disputa presidencial.

Em São Paulo, participaram do embate oito candidatos: além do tucano Geraldo Alckmin, do peemedebista Paulo Skaf e do petista Alexandre Padilha, havia lá mais cinco candidatos de si mesmos: Walter Ciglione (PRTB), Gilberto Natalini (PV), Gilberto Maringoni (PSOL) e Laércio Benko (PHS). Um show de horrores e, com frequência, de picaretagem política — e não só dos nanicos.

Na verdade, foi a frente dos “seis contra um”. Exceção feita a Ciglione, que não participou da tropa, todos os outros se uniram para atacar Alckmin e o governo de São Paulo. E o fizeram com tal fúria que o resultado pode ter sido contraproducente. Chegava a ser engraçado ver Skaf e Padilha a implorar a chance de um segundo turno para que possam, nas suas palavras, governar o estado mais dinâmico do país etc. e tal. Mas como pode haver alguma qualidade nas terras paulistas se, segundo eles próprios, tudo por aqui está errado?

Skaf e Padilha estavam mais afinados do que O Gordo e o Magro. Um é presidente licenciado da Fiesp sem ser empresário, e o outro é membro do PT sem ser trabalhador. Assim, deu-se a união da falta de capital com a falta de trabalho. Coisa que não pareceu espantar Maringoni, o socialista do PSOL mais ortodoxo do que embalagem de Emulsão Scott

Ter de ouvir um petista e um peemedebista a dar aula de combate à corrupção depois do que sabemos da Petrobras, controlada pelo PT e pelo PMDB, é para estômagos fortes. Ouvir de Padilha lições sobre segurança pública — dados os desastres colhidos na área por seu partido no país e nos Estados em que é governo — seria de gargalhar não fosse o tédio.

E o tal Laércio Benko, de uma legenda chamada PHS? Resolveu atacar a Sabesp, que, segundo ele, distribuiu dividendos aos acionistas, em vez de investir em água. É uma afirmação tecnicamente estúpida. A empresa é uma Sociedade Anônima. Graças a Deus, está na Bolsa e é cobiçada por investidores, o que lhe garante recursos para investir — o mesmo acontece com outras empresas públicas de capital aberto. Parte desses dividendos, diga-se, vem para o próprio governo, que os reinveste. Maringoni, o esquerdista, claro!, pegou carona na bobagem — afinal, ele é um socialista. Mas Padilha e Skaf fizeram o mesmo. E eles sabem que se trata de uma asnice. Mas e daí? Era o vale-tudo.

A nota surrealista, no entanto, era outra: era estupefaciente ver a tropa toda a sustentar que, naquela hora, faltava água na torneira dos paulistas. E, como é sabido, não faltava. Das 1.200 cidades com crise de abastecimento no país, só oito estão no Estado — em áreas em que a Sabesp não atua. Uma delas é Guarulhos, cujo sistema é municipalizado. A cidade é administrada pelo PT há 14 anos.

E a nota que ultrapassou o limite do escândalo factual foi dada por Padilha. Segundo o petista, o sistema de concessões de estradas do governo federal é superior ao vigente em São Paulo. É mesmo? Atenção! Este estado tem 9 das 10 melhores rodovias do país. Querem mais? Nada menos de 93,7% dos 6.252 km sob concessão privada foram considerados ótimos ou bons em 2013; 6% foram tomados como regulares, e apenas 0,3% eram ruins. Esses números são meus? Não! Da CNT, a Confederação Nacional dos Transportes.

Já o governo federal tentou três marcos regulatórios para fazer suas concessões e deu com os burros n’água. Conseguiu juntar o ruim ao desagradável: antes, havia estradas federais com buraco e sem pedágio. Hoje, existem estradas com buraco e com pedágio.

Segundo todas as pesquisas, Alckmin venceria hoje a disputa no primeiro turno. Acho que o debate demonstrou por quê.

Texto publicado originalmente às 4h14

Por Reinaldo Azevedo

 

Alckmin leva no 1º e Pezão no 2º também no Datafolha; Serra amplia vantagem para o Senado; no Rio, vai dando Romário…

O Datafolha também realizou pesquisa eleitoral em São Paulo e no Rio entre anteontem e ontem. O resultado não difere muito do do Ibope. Comparem:
IBOPE 1º TURNO EM SÃO PAULO
Geraldo Alckmin (PSDB) – 49%
Paulo Skaf (PMDB) – 19%
Alexandre Padilha (PT) – 11%

DATAFOLHA 1º TURNO EM SÃO PAULO
Geraldo Alckmin – 49%
Paulo SaKaf – 23%
Alexandre Padilha – 10%

Houvesse um segundo turno, o tucano venceria o peemedebista por 57% a 28% no Ibope e por 57% a 32% no Datafolha.

Senado em SP
Ah, sim, uma outra boa notícia: cresce a vantagem de José Serra (PSDB) sobre Eduardo Supolicy (PT) na disputa pela vaga única para o senado: 39% a 30%.

Depois de 24 anos, veremos Suplicy fazendo outra coisa. Ou alguma coisa, sei lá — que não, claro!, defender o renda mínima, cantar e declamar.

1º TURNO IBOPE NO RIO
Luiz Fernando Pezão (PMDB) – 31%
Anthony Garotinho (PR) – 24%
Marcelo Crivella (PRB) – 16%
Lindbergh Farias (PT) – 9%

1º TURNO DATAFOLHA RIO
Luiz Fernando Pezão – 31%
Anthony Garotinho – 24%
Marcelo Crivella – 17%
Lindbergh Farias – 11%

2º TURNO IBOPE RIO
Pezão – 46%
Garotinho – 31%

2º TURNO DATAFOLHA RIO
Pezão – 50%
Garotinho – 33%

Senado
No Senado, o Rio caminha mesmo para a galhofa. No Datafolha, Romário tem 49% dos votos, e Cesar Maia (DEM), 21%.

Por Reinaldo Azevedo

DATAFOLHA – Em 4 dias, diferença entre Aécio e Marina cai 4 pontos: 25% a 20%; Dilma segue com 40%; um 2º turno PT-PSDB volta ao horizonte. Ou: PT não muda a própria imagem, mas depreda a alheia

Pois é… Em quatro dias, caiu quatro pontos a diferença entre os candidatos Aécio Neves, do PSDB, e Marina Silva, do PSB, que disputam uma das vagas no segundo turno da eleição presidencial. No levantamento feito pelo Datafolha nos dias 25 e 26, a diferença a favor da peessebista era de 9 pontos: 27% a 18%; agora, na pesquisa feita na segunda e nesta terça, é de apenas 5: 25% a 20%. Como a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, vejam que curioso: qualquer distância entre 1 ponto (23% a 22%) e 9 pontos (27% a 18%) está no intervalo possível. Mas é improvável que ela se situe num extremo ou noutro. Se a velocidade da possível queda de Marina se mantiver constante e a da possível ascensão de Aécio também, pode ser o tucano a disputar a etapa final com a petista.

Os demais candidatos somaram apenas dois pontos. Dizem que votarão em branco ou nulo 5% dos entrevistados, mesmo percentual dos que pretendem anular o voto. O Datafolha ouviu 7.520 entrevistados em 311 municípios. Vejam o gráfico publicado pelo Portal G1.

Datafolha 30.09 Portal G1

Em duas semanas, a diferença entre Marina e Aécio caiu 8 pontos: de 30% a 17% para 25% a 20%. Dilma, nesse período, variou na margem de erro: de 37% para 40%. Tudo indica que a hipótese que chegou a ser aventada há dois dias não vai se confirmar: havia quem visse a possibilidade de Dilma levar a disputa ainda no primeiro turno. A novidade da pesquisa do Datafolha é a possibilidade de uma troca de posições no segundo lugar. Observem que a situação de agora é muito parecida com a de 14 e 15 de agosto, antes do início do horário eleitoral.

Quando se veem os números do segundo turno, Aécio e Marina parecem estar em tendências opostas.Datafolha G1 2º turno

Ainda que discreta em 15 dias, há uma tendência de diminuição da diferença entre Dilma e Aécio: era de 10 pontos (49% a 39%); agora é de nove (50% a 41%), dentro da margem de erro. Ocorre que, na disputa com Marina, a vantagem da petista aumentou substancialmente: a ex-senadora aparecia na frente, com 46% a 44%; agora, está atrás: 41% a 49% — a candidata do PT subiu 5 pontos, e a do PSB caiu 5 — uma variação de 10 pontos contra a peessebista. De novo, a variação na comparação com os dados anteriores ao início do horário eleitoral indica pouca mudança.

Uma coisa, no entanto, sofreu forte alteração. A campanha negativa contra Marina surtiu, sim, efeito, e ela e seus estrategistas não conseguiram, até agora, furar o cerco. Vejam este gráfico do G1 com a rejeição aos candidatos.

Datafolha 30.09 rejeição

Dilma segue na liderança e variou pouco em um mês e meio: de 34% pra 31%, dentro da margem de erro. Isso indica que conquistou indecisos ou pessoas que iriam anular o voto, mas conseguiu mudar a opinião de bem pouca gente. Já a rejeição a Marina, no período, cresceu 127%, indo de 11% para 25%; Aécio foi de 18% para 23%. Finalmente, a avaliação do governo Dilma variou dentro da margem de erro em dois dias: os que acham o governo ruim ou péssimo foram de 22% para 23%; os que o consideram bom ou ótimo, de 37% para 39%, e a turma que o avalia como regular oscilou de 39% para 37%. Os números são os mesmos de antes do início do horário eleitoral.

Há um dado curioso nessa história toda: até agora, a campanha odienta do PT na televisão, vistos os números, não diminuiu substancialmente a rejeição a Dilma, não alterou quase nada o número dos que querem votar nela nem mudou a avaliação sobre o seu governo. Mas fez um estrago e tanto em Marina Silva e contribuiu bastante para dificultar a ascensão de Aécio.

Não deixa de ser o retrato desta disputa: o PT não veio para construir, mudar ou renovar. Veio para destruir. Não tem mais como falar bem de si mesmo. Restou-lhe apenas o papel de achincalhar os adversários.

Texto publicado originalmente às 20h25 desta terça
 

Erros de Marina

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Distante de Alckmin

A cúpula do PSB de São Paulo está irritada com a demora de Marina Silva em fazer um gesto favorável a Geraldo Alckmin. Até agora, Marina apenas autorizou que o material de campanha tenha a imagem dos dois no Estado. “É pouco”, reclama um dirigente.

Por Lauro Jardim

 

Aécio ressuscita o sonho do segundo turno

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A pesquisa Datafolha que acaba de ser divulgada mostra Aécio Neves a um passo do segundo turno. A vantagem de Marina Silva sobre o senador tucano, que chegou a 20 pontos porcentuais no início de setembro, caiu para 5. Com 20%, o candidato do PSDB tentará ultrapassar os 25% de Marina com ataques simultâneos em três frentes: São Paulo, Minas Gerais e o difuso território que abriga eleitores oposicionistas decididos a votar em quem tiver mais chances de vencer Dilma Rousseff.

Aécio acredita que, com os ventos do voto útil soprando a seu favor, ficará menos complicado conquistar o apoio da multidão de mineiros e paulistas que, historicamente simpáticos ao PSDB, ainda não encontraram motivos para transformar o senador em presidente. A paisagem política recomenda que a ofensiva se estenda a uma quarta frente, povoada por brasileiros ainda à espera de um porta-voz da indignação provocada pelo mais corrupto dos governos.

Faltam quatro dias para a eleição. Na mais surpreendente disputa presidencial da história republicana, 96 horas são uma eternidade.

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Blog Reinaldo Azevedo (VEJA)

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1 comentário

  • wilfredo belmonte fialho porto alegre - RS

    A nossa Democracia é "doente", sofre de doença genética que é transmitidas através das gerações e, isto pode se ver claramente no aparelhamento da administração pública. Os cargos de indicação política, na verdade serve sómente para usufruir de benesses que este cargo pode proporcionar. A formação de quadrilhas dentro da administração pública, tem aí o seu nascedouro e embalado pela prática da reeleição. Do jeito em que a coisa ficou, não dá para tentar remendar, teremos que mudar o sistema político para "parlamentarista" e tratar de uma vez por todas fazer uma reforma política profunda e contundente, senão a outra solução e que parece ser a mais lógica e razoável,é os militares voltarem a assumir pois com esta "corja" de ladrões e corruptos que se

    locupletam com a coisa pública não dá mais para aturar, a coisa se não mudar vai acabar em "baderna", ninguém aguenta mais.quem viver verá.

    pois os políticos que ai estão

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