Cotonicultores veem potencial para aumentar vendas externas
Industriais do setor têxtil, de fiação e traders de seis países, Turquia, Vietnã, Paquistão, Coreia do Sul, Bangladesh e México visitaram fazendas localizadas no Mato Grosso, Bahia e Goiás, entre os dias 1º e 5 de agosto. Eles conheceram as lavouras, acompanharam a colheita e o processo de beneficiamento da pluma brasileira. Também puderam observar os padrões operacionais adotados e as estruturas das unidades. Juntos, os empresários são responsáveis pela importação de 900 mil toneladas da fibra brasileira. A Missão Compradores 2022, foi organizada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), juntamente com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) e Apex-Brasil. O objetivo, segundo Júlio César Busato, presidente da Abrapa, foi mostrar como e por quem o algodão brasileiro é produzido.
“Mostramos ao grupo que a cotonicultura brasileira é rastreada, com programas que informam os compradores sobre quando e por quem o algodão foi produzido e industrializado. Eles puderam conferir de perto que seguimos os pilares de sustentabilidade econômica, social e ambiental”, disse. Para Busato, iniciativas como esta é uma forma de promover a fibra internacionalmente e a Abrapa trabalha, em parceria com as associadas e os produtores, para aumentar a participação no mercado global do algodão. “Se quisermos alcançar o topo, temos de conquistar mercado. É o que estamos fazendo trazendo esses empresários ao Brasil. Certamente eles serão difusores da nossa cultura com seus pares”, observou.
Segundo maior exportador da pluma, atrás apenas dos Estados Unidos, os cotonicultores venderam para o mercado externo 1,68 milhão de toneladas no acumulado de agosto a julho de 2022, totalizando uma receita de US$ 3,222 bilhões. A China segue como o principal destino das exportações brasileiras (455 mil toneladas) e representa 27% das vendas. Na sequência do ranking de maiores importadores do algodão brasileiro estão Vietnã (275 mil toneladas), Turquia (227), Bangladesh (206), Paquistão (190) e Coreia do Sul (41). O México não tem registro de compra na safra 2021/2022, embora falte pouco mais de um mês para o encerramento da atual colheita. Na safra anterior, o México importou pouco mais de 22 mil toneladas da fibra do Brasil.
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