Cotonicultores mostram a embaixadores como produzir fibra com eficiência
A cidade de Cristalina foi a primeira parada do grupo de Embaixadores, convidados pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) para divulgar o sistema de produção e a cadeia da fibra no Brasil. Representantes da Coreia do Sul, Vietnã e Turquia conheceram os padrões operacionais da Fazenda Pamplona, desde a lavoura até o beneficiamento e armazenagem. A unidade é um dos modelos na produção de algodão, pertence ao grupo SLC Agrícola e está localizada em Goiás. O estado é o terceiro maior produtor de algodão do País, com 27,4 mil hectares de área plantada. A produtividade estimada na safra 2021/2022 é de 309 arroba por hectare. As atividades do dia encerraram na seda da Abrapa, em Brasília, onde conheceram o Centro Brasileiro de Referência em Análise de Algodão (CBRA).
Os anfitriões aproveitaram a passagem da comitiva na Pamplona para mostrar também as áreas de florestas preservadas, o pátio de armazenagem e, sobretudo, as condições de trabalho dos funcionários, tudo em observância à legislação ambiental e trabalhista do Brasil. "Apresentamos ao grupo como funcionamos, os processos e o planejamento em cada etapa. Ficaram impressionados com o que viram", disse o diretor de vendas da SLC Agrícola, Filipe Mamede. Coube ao diretor Executivo da Abrapa, Marcio Portocarrero, explicar o funcionamento do programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR). Hoje 84% do produto tem o ABR, baseado nos pilares social, ambiental e econômico, de acordo com protocolo estabelecido. "O programa foi um grande passo que o setor deu e que posicionou o algodão em relação à forma de produzir no Brasil", observou. O ABR é gerido pela Abrapa, conjuntamente com as estaduais e os produtores. O diretor de Relações Internacionais da associação, Marcelo Duarte, reiterou a importância das ações de promoção à fibra brasileira globalmente, por meio do Cotton Brasil.
Produção eficiente e responsável
Os embaixadores foram escolhidos levando em conta os mercados que importam a fibra do Brasil e o potencial de futuros negócios. "É uma satisfação mostrar como é produzir algodão no Brasil. Temos eficiência, somos produtivos e responsáveis. A atividade ajuda a estreitar laços, creio que conseguimos apresentar um panorama muito bom da cotonicultura", disse o presidente da Abrapa, Júlio Cézar Busato, ao recepcioná-los, na sede da associação, em Brasília.
Para Busato, esse tipo de atividade se mostra estratégica para divulgar a cotonicultura brasileira globalmente. "É uma forma de fortalecer o algodão brasileiro e desmistificar a imagem de não respeito ao meio ambiente. Produzimos com qualidade, somos sustentáveis e damos condições de nosso produto ser rastreado do início ao fim do processo", observou.
Pham Thi Kim Hoa, embaixadora do Vietnã, destacou a pujança do sistema produtivo visitado e do País. "Ficamos impressionados com o que vimos, com o processo de produção sustentável e com a qualidade da fibra", ressaltou. O Vietnã é o segundo maior importador de algodão brasileiro com pouco mais de 270 mil toneladas (safra agosto/21 a julho/22). Segundo a embaixadora, é um mercado que está em expansão e a tendência é ampliar os negócios com o Brasil.
Além de Pham Thi Kim Hoa, integraram o grupo o embaixador da Turquia (Murat Yavuz Ates), o adido comercial da Coreia do Sul (Hyunjin Kim), o chefe da Divisão de Política Agrícola do Ministério das Relações Internacionais (MRE), Luiz Fellipe Flores Schimidt, e o diretor de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcelo Moreira, produtores e dirigentes da Abrapa.
Confira os importadores de algodão do Brasil:
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