Boletim de Inteligência de Mercado Abrapa com as principais notícias do mundo do algodão 27/08
- Algodão em NY - Preocupações com três tempestades tropicais que ameaçam regiões produtoras nos EUA influenciaram o mercado esta semana. O contrato Dez/21 fechou em 94,16 U$c/lp, alta de 1,5% nos últimos 7 dias.
- Preços 1 - Ontem (19/8), o algodão brasileiro estava cotado a 106,50 U$c/lp (sem alteração) para embarque em Out-Nov/21 (Middling 1-1/8" (31-3-36) posto Ásia, fonte Cotlook).
- Preços 2 - Influenciado pelo forte basis Ásia (diferença entre cotação em NY e preço negociado na Ásia), o índice Cotlook, indicador de referência de preço mundial de algodão posto Ásia, fechou em U$c/lp 103,90, maior valor desde Fev/2012.
- Altistas 1 - O mercado está observando possíveis tempestades se desenvolvendo, que podem atingir regiões produtoras nos EUA. Com a safra no estágio inicial de abertura dos capulhos, fortes ventos e chuvas podem causar muitos estragos.
- Altistas 2 - O número de contratos em aberto está no mais alto nível desde Agosto de 2018.
- Baixistas 1 - O percentual de lavouras consideradas boas e ótimas nos EUA continua subindo. Esta semana, o inidicador chegou a 71% (+4pp). Ano passado nesta época o índice era de 46%.
- Baixistas 2 - Os dados semanais de exportação e vendas divulgados esta semana pelos EUA foram significativos, mas desapontaram o mercado por não mostrar vendas para a China.
- Cotton Brazil - Esta semana foi assinado o segundo convênio entre Apex Brasil e Abrapa para promoção do algodão brasileiro no exterior. O prazo é de dois anos e prevê a manutenção das ações atuais e novas iniciativas, principalmente na Ásia.
- China 1 - Os leilões de algodão da reserva da China continuam vendendo 100% dos lotes ofertados, apesar da recente mudança de regra que impede que traders participem dos leilões, liberando a venda somente para fiações.
- China 2 - Os preços locais esta semana caíram 2,4% na bolsa de Zengzhou (ZCE). A redução pode estar relacionada à medida tomada pelo governo de restringir a participação de tradings nos leilões da reserva. Inflação de preço de commodities é uma das grandes preocupações do governo Chinês.
- Índia - O departamento de meteorologia local alerta que as chuvas de monções em Agosto devem fechar 10% abaixo do normal, o que pode afetar a produtividade no maior produtor do mundo.
- Bangladesh - A demanda no país continua alta, com as indústrias buscando urgentemente atender suas demandas de curto prazo com cargas em trânsito marítimo ou via terrestre (Índia).
- Paquistão - Após o feriado de dois dias do Ashura na semana passada, o mercado retomou com forte demanda. Mesmo com o início da colheita, os preços locais seguem em alta devido à desvalorização da moeda local e ao menor volume de algodão importado.
- Portos 1 - O terminal de Meishan, no porto de Ningbo (China) foi reaberto nesta Quarta-feira, após duas semanas. O terceiro maior porto do mundo, entretanto, só deve estar operando à plena capacidade em uma semana.
- Portos 2 - Os gargalos logísticos globais, entretanto, devem perdurar por alguns meses ainda. Além da China continuar impondo medidas restritivas nos portos devido à Covid-19, a falta de contêineres e escassez de navios nas posições certas estão provocando atrasos e aumento de custos.
- EUA - Ontem e hoje, economistas do Banco Central dos EUA estão se reunindo em Jackson Hole, Wyoming, para seu simpósio anual. Suas deliberações normalmente impactam o mercado do dólar americano e consequentemente das commodities.
- Lavouras - A colheita já começou no hemisfério Norte. Nos EUA, o Sul do Texas já está colhendo, enquanto na Turquia e Grécia as operações de colheita devem começar em breve. A China começa a colher no mês que vem, enquanto na Índia o plantio ainda não terminou.
- Exportações - O Brasil exportou 29,3 mil tons de algodão nas três primeiras semanas do mês de agosto/21.
- Colheita - Até ontem (26/08): BA e TO (77%); GO (98%), MA (64%); MG (80%), MS (100%), MT (77%), PI (96%) SP (96%) e PR (100%). Total Brasil: 78% colhido.
- Beneficiamento - Até ontem (26/8): BA e TO (40%); GO (59%), MA (20%); MG (45%), MS (73%), MT (18%), PI (56%) SP (96%) e PR (100%). Total Brasil: 26% beneficiado.
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