Fórum do algodão da Ampasul reafirma acordo de cooperação conjunta com GO e MT para o controle do bicudo
Na noite da quinta-feira, 03 de dezembro, a Ampasul realizou o 8º Fórum do Bicudo, com a presença de técnicos, gerentes de propriedades e consultores especialistas de Mato Grosso do Sul (Ampasul e Fundação Chapadão), Goiás (Fialgo e IGA) e Mato Grosso (Ampa e IMA/mt).
O evento foi realizado na sede da Ampasul, e teve como principal objetivo discutir a incidência do bicudo-do-algodoeiro nas lavouras de algodão na região dos chapadões dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso.
O bicudo é considerado a principal praga do algodão e o seu controle depende principalmente do envolvimento e a geração de ações técnicas preventivas e corretivas das instituições, dos produtores rurais, consultorias e equipe técnica das propriedades.
Para monitorar os índices populacionais da praga a cada safra , são realizados o armadilhamento pré-plantio e pré-colheita, pela equipe técnica da Ampasul, nas áreas dos associados que receberam ou irão receber a cultura, gerando o índice B.A.S (Bicudo por Armadilha Semanal).
O B.A.S do pré-plantio da safra 2020/21 no estado do MS, fechou em 0,10 com um total de 7.476 leituras, uma queda significativa se comparado a safra 2019/20 que ficou em 4,61. Os fatores que contribuíram para essa diminuição foram:
- Uso de inseticida junto na desfolha e na destruição de soqueiras, acordo firmado em reunião do Grupo de Trabalho do Algodão – GTA;
- Manejo no controle da praga durante o ciclo da cultura com aplicações em UBV, observando as melhores condições climáticas;
- Inverno longo, seco e com altas temperaturas;
- Controle de tigueras de algodão na cultura da soja, e
- Queimadas acidentais nas áreas de refúgio do inseto.
De acordo com os estados vizinhos de Mato Grosso e Goiás, o cenário é muito parecido ao do MS, com o B.A.S pré-plantio também com índices baixos, entre 0,5 a 0,10.
Uma das principais preocupações para a safra 2020/21 é que o índice do bicudo aumente, devido as dificuldades climáticas enfrentadas pelos produtores na destruição de soqueiras, nessa safra que se findou. Um outro ponto de atenção é a diminuição de áreas na safra 2020/21, podendo favorecer a concentração do bicudo nelas.
Foi revisado durante o fórum, com a participação das propriedades e instituições dos estados de Mato Grosso do Sul (Ampasul e Fundação Chapadão), Mato Grosso (AMPA e IMA/MT) e Goiás (Agopa e Fialgo), o “Acordo de Cooperação Conjunta”, que estabelece regras que devem ser seguidas na safra 2020/2021, pelos produtores, demais gerentes e técnicos envolvidos no controle e combate da praga do algodoeiro.
O documento foi assinado pelos presentes, mas o grupo enfatiza que somente com o comprometimento e responsabilidade de todos em cumprir as regras estabelecidas é que o resultado poderá ser satisfatório.
Devido às dificuldades recorrentes enfrentadas na destruição de soqueiras, foram colocadas em discussão possíveis mudanças no regulamento de Defesa Sanitária Vegetal de Mato Grosso do Sul, baseando-se na legislação dos estados vizinhos.
O intuito é realizar alterações em relação ao atual conceito de “plantas mortas”, substituindo por “plantas com risco fitossanitário”, ou seja, plantas de algodão tigueras acima do estágio V3, e plantas rebrotadas (soqueiras) com mais de 04 folhas por broto ou presença de estruturas reprodutivas.
A proposta será colocada pela Ampasul para apreciação da Iagro e Semagro para uma possível atualização na legislação vigente.
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