Abrapa evidencia sustentabilidade do algodão na moda brasileira em webinar da FAO
Um dia apenas seria pouco para a grande agenda mundial de comemorações pelo Dia Mundial do Algodão (#WorldCottonDay) no Brasil. A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que deu início às atividades especiais para celebrar a data no último domingo (5/10), e prossegue com as ações até o próximo sábado (10/10), participou nesta quinta-feira (8/10) de mais um webinar internacional, promovido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), para apresentar o movimento Sou de Algodão, em linha com o tema do evento: “Moda sustentável, um olhar sobre o presente e o futuro da moda”. O encontro virtual fez parte da série de webinars “Juntos somos Mais Algodão”, que reúne participantes da América Latina e África, dentro do escopo do projeto Mais Algodão, integrado pela FAO, OIT, Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
O movimento Sou de Algodão foi lançado pela Abrapa, em 2016, para fortalecer a fibra natural no mercado brasileiro. A iniciativa foi apresentada pela coordenadora Silmara Ferraresi. Com números, estratégia e resultados, a gestora mostrou como o Brasil – que elegeu a sustentabilidade como bandeira já nos primeiros anos de existência da associação; já detinha as maiores produtividades de algodão em sequeiro do mundo; entregava rastreabilidade fardo a fardo, e, desde 2013, teve o protocolo do seu programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR) unificado ao da mais relevante organização internacional de reconhecimento de fibra produzida em padrões justos e corretos, a BCI – deixava de comunicar ao consumidor final seu grande diferencial de sustentabilidade, até criar o movimento.
“Essa informação se perdia no meio do caminho, e a parte mais difícil nós já fazíamos. Nossa produção é quase toda (92%) baseada em água da chuva, 77% das nossas lavouras têm certificação de sustentabilidade ABR e 72% são chanceladas pela BCI. Nossa participação, no montante global da BCI, em 2019 foi de 36%. Imagine isso para um país que é o segundo maior exportador mundial e o quarto maior produtor do planeta”, afirmou Silmara. “Ser grande, produzir commodity, e ser sustentável é um grande desafio que o Brasil conquistou, e hoje serve de inspiração para muitas outras cadeias produtivas, no país e mundo afora”, disse.
Ferraresi apresentou os números movimento, que conseguiu mobilizar de toda a cadeia produtiva da fibra, e foi além: mais de 320 marcas abraçaram o Sou de Algodão, que também angariou a adesão de profissionais de moda, professores e estudantes e profissionais desse setor. “Nosso trabalho perpassa os campos da promoção, informação e de negócios, e trabalhamos com muita estratégia para chegar até aqui”, disse Silmara Ferraresi, demonstrando o desempenho na mídia tradicional e nas redes sociais. “Para isso, foi preciso dialogar. Abrir um canal de comunicação, que jamais havia sido explorado, para um elo da cadeia em que os negócios se baseiam no B2B”, ponderou.
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