Cotonicultura de MT tem ano histórico, aponta IMEA
A cotonicultura de Mato Grosso teve, em 2019, um marco em sua história, sobretudo quando analisada a área recorde plantada de 1,11 milhão de hectares, o que representou um incremento de 40,71%. A afirmação consta do boletim do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), divulgado nesta terça-feira (17). Outro recorde foi a produção de algodão em caroço da safra 2018/2019, com 4,79 milhões de toneladas, conforme aponta o estudo.
“O ano de 2019 foi um marco para a cotonicultura mato-grossense, principalmente pelo crescimento significativo da área de algodão cultivada no Estado. Com um incremento de 40,71%, a safra se torna a maior de toda a história de Mato Grosso, atingindo 1,11 milhão de hectares”, traz o levantamento, finalizado na última sexta-feira (13).
De acordo com o IMEA, o aumento de área foi reflexo de preços favoráveis obtidos pela pluma na safra anterior. Também denota um maior investimento do produtor na atividade, a cada ano, em Mato Grosso.
O presidente empossado para o triênio 2020-2022 da Associação dos Produtores de Algodão de Mato Grosso, Paulo Sérgio Aguiar, pondera que, embora os preços internacionais do produto não estejam satisfatórios no momento – em virtude de uma maior oferta do produto –, o cotonicultor do Estado tem se empenhado para angariar cada vez mais mercado e, para não correr o risco de perder o que já foi conquistado, deve trabalhar para manter a mesma área de produção na safra 2019/2020.
“Quando conseguimos conquistar mercados, ficamos apreensivos porque é difícil, demora a se ganhar. Perdê-lo porque não tem produto para entregar é muito complicado, pois é difícil reconquistá-lo. Vamos dar nossa quota de sacrifício na seguinte posição: vamos tentar manter a mesma produção. Alguns que tiveram condição de fazer vendas na safra 2018 para safra 2019/2020, ou seja, antecipadas, esses têm até margem para aumentar um pouco a produção. Mas os que não fizeram isso vão tentar pelo menos manter a sua área sem diminuir muito para não perder esses mercados internacionais que foram conquistados”, esclarece.
Para isso, a palavra de ordem é austeridade da porteira para dentro, como diz Paulo Aguiar. Ele reforça que é necessário que o produtor faça o dever de casa para manter o patamar da produção e, nesse sentido, a Ampa está para auxiliá-lo.
“Com os amigos produtores, vamos ter que fazer o dever de casa da porteira para dentro, já que o preço não somos nós que damos. Meu propósito é tentar manter a cotonicultura de Mato Grosso nos níveis que já temos. Para isso, melhorar a tecnologia o máximo possível, dentro do IMAmt (Instituto Mato-grossense do Algodão), com pesquisa para aumentar desenvolvimento, produtividade”, afirma o produtor.
O boletim do IMEA ainda informa que, com uma maior área e com um maior desenvolvimento da cultura durante o ano, as cotações da pluma em Mato Grosso encerraram a última semana com uma média de R$ 88,42/arroba, o que representa uma retração de 11,0% quando comparado ao mesmo período de 2018. Um dos fatores da queda deu-se, principalmente, pela maior disponibilidade de pluma no mercado. “As exportações durante o ano já acumulam 795,21 mil toneladas (de janeiro a novembro), o que representa um incremento de 75% quando comparadas à média do mesmo período para 2018”, acrescenta o estudo.
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