Mato Grosso do Sul deve perder 8% da área de algodão para o milho safrinha e soja
Queda nos preços fará Mato Grosso do Sul perder pelo menos três mil hectares de algodão para a soja e milho. Segundo a Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampasul), levantamento prévio da safra 2018/2019 aponta redução da área plantada em torno de 8% na comparação com o ciclo anterior.
“Enquanto os valores pagos pelo algodão caíram, os preços das commodities concorrentes subiram e o produtor fez essa opção. Não está deixando de plantar, mas vai substituir parte da área, que no total deve cair de 37 mil para 34 mil hectares”, diz o diretor-executivo da entidade, Adão Hoffmann.
O Brasil, segundo ele, aumentou a área plantada nas últimas duas safras, inclusive levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê mais de 1,6 milhão de hectares, podendo colher 2,7 milhões de toneladas de pluma.
“A lavoura está grande, mas o mercado não aumentou o consumo. Automaticamente a oferta acaba superando a demanda e os preços caem”, diz Hoffmann.
Entidades ligadas ao setor têm feito sua parte, na avaliação do diretor-executivo da Ampasul, tentando abrir mercado. “Houve na safra passada uma expansão muito positiva na Ásia, mas ainda há em que melhorar”, pontua.
Para a safra 2020/2021, a flexibilização da paridade nas regras da exportação vai ajudar a recuperar essa pequena área perdida.
“Foi um fator positivo, mas não vai impactar nessa safra porque o produtor já estava organizado com seus insumos para plantar determinadas áreas. Para a próxima safra o impacto será muito bom”, conclui Hoffmann.
0 comentário
Manejo integrado de pragas ganha destaque em cenário de maior pressão de insetos nas lavouras
Novas variedades de algodão FiberMax® do Sistema Seletio® chegam ao mercado com resistência a ramulária e nematoides
Algodão/Cepea: Baixa liquidez no spot e quedas externas pressionam cotações da pluma
Mercado doméstico de algodão apresenta preços firmes e mais movimentados
Algodão/Cepea: Altas de preços se intensificam neste início de dezembro
Abrapa celebra posse da nova gestão e marcos históricos para a cotonicultura brasileira