Armadilhamento para o bicudo em final de colheita apresenta números alarmantes no MS
A Ampasul publicou mais um informativo do seu Programa Boas Práticas Fitossanitárias do algodão de Mato Grosso do Sul, em seu site na internet.
A colheita do algodão neste ano no MS finalizou um pouco mais cedo do que o previsto. Muitas fazendas concluíram a operação na primeira quinzena de agosto. Um dos principais motivos foi a janela de plantio e a forte estiagem nos meses de maio e junho, o que ajudou o algodão a completar seu ciclo dando boa condição de colheita. As produtividades ainda estão sendo contabilizadas, mas a estimativa da Ampasul é que supere as 310@/ha de algodão em caroço.
Quanto à qualidade do fio, lembram os técnicos da Ampasul que o clima e o manejo também tem suas influências na qualidade de fibra nas diferentes regiões produtoras no MS.
Segundo o gestor do laboratório da Ampasul Lucio Matos, as qualidades intrínsecas dos materiais ficaram relativamente dentro dos padrões esperados, como pode-se observar em gráfico apresentado no informativo publicado, que mostra as médias parciais de algumas cultivares que passaram pelo novo laboratório de análise fibra da Ampasul, durante o mês de agosto.
Elaborado no final de colheita do algodão em todo o Estado, o informativo traz ainda números que já deixam o setor em alerta sobre o alto índice do bicudo que deverá ocorrer na próxima safra (2019/2020).
O armadilhamento para levantar o índice de infestação do bicudo foi realizado mais uma vez durante a colheita e os dados mostram alto índice de presença do inseto, que já se sabe portanto, que ele deve voltar a atacar na safra 2019/2020.
Nesta safra a Ampasul realizou pela primeira vez o armadilhamento para o bicudo do algodoeiro na colheita em proximamente 20% da área da região Norte e Nordeste do Estado, a maior de MS.
Os números preliminares de crescimento populacional do bicudo são alarmantes. No armadilhamento pré-safra 18/19 aconteceu no período de setembro a novembro de 2018 com um BAS (Bicudo Armadilha Semana) 3,46, enquanto que o armadilhamento de colheita na safra 18/19 realizado no período de junho a agosto com o BAS chegou ao alarmante número de 24,07. A preocupação agora é no sentido de criar estratégias junto ao setor com o objetivo de baixar o índice populacional para próxima safra.
Com o final da colheita do algodão, iniciou-se em 16 de setembro, na região norte/nordeste de MS, o período do vazio sanitário. A Ampasul alerta sobre a necessidade de aplicação eficiente de herbicida para a destruição da soqueira.
Para as aplicações do herbicida, deve-se sempre considerar as condições de clima no momento da operação, para isso as propriedades além de contarem com as torres meteorológicas fixas com DATALOG contam ainda com estações moveis de bolso, alerta o informativo.
Há também uma torre de inversão térmica móvel para uso dos associados que auxilia no dia a dia das aplicações. A associação além de usar e ajudar a desenvolver um aplicativo para o monitoramento do bicudo nas diferentes modalidades de leituras, faz uso de software de processamento de dados, como uma plataforma personalizada que permite visualizar dados climáticos e de inversão térmica de forma fácil e simplificada por período.
O mês de agosto foi marcado ainda pela colheita dos campos demonstrativos de cultivares, dos 09 (nove) campos demonstrativos e competição de cultivares implantados pela Ampasul, 02 (dois) deles estavam na região Norte/Nordeste do Estado, sendo um na modalidade safra em Chapadão do Sul e um na modalidade segunda safra em Costa Rica na região da Baús.
O próximo passo, seguindo o informativo é o beneficiamento e amostragem da fibra de cada variedade, que dará embasamento para produtores sobre os matérias e tecnologias para próximas safras.
Traz ainda o informativo, as demais atividades da Ampasul durante o mês de agosto, como visitas técnicas em algodoeiras, reuniões para revitalização do algodão na região sul de MS e participações da entidade em eventos técnicos, com destaque para o 12º Congresso Brasileiro do Algodão.
Foi o congresso mais uma vez promovido pela Abrapa, Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, com apoio do IBA, Instituto Brasileiro do Algodão, em Goiânia (GO), no período de 27 a 29 de agosto. Na oportunidade, a Ampasul organizou e auxiliou a participação de uma equipe comporta por 46 pessoas, entre técnicos da Ampasul e dos produtores, cotonicultores, gerentes de fazendas e consultores.
Clique aqui e veja o informativo.
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