Clima deve reduzir produção de algodão no Brasil para 1,25 mi ton, diz INTL FCStone

Publicado em 22/08/2016 15:33
Em estágio avançado por todo o país, a colheita da commodity traz uma nova imagem para a safra

A produção brasileira de algodão da temporada 2015/16 deve ser consolidada em 1,25 milhão de toneladas, de acordo com revisão da estimativa de safra realizada pela consultoria INTL FCStone neste mês. O número anterior, projetado em maio/2016, apontava 1,27 milhão de toneladas da pluma.

“Nos estados do Centro-Oeste, a seca prolongada incorreu em danos ao rendimento das lavouras. No Mato Grosso do Sul, a estimativa atual para a produtividade é 5,2% inferior àquela indicada em maio, conforme os danos do déficit pluviométrico se tornaram mais evidentes”, explicou a consultoria, em relatório.

A falta de chuvas afetou os algodoais do Mato Grosso de forma relativamente mais intensa do que o antecipado em maio pelo grupo. Ao final da safra, aguarda-se uma produtividade em caroço próxima de 238 @/ha na média das regiões do estado, decorrendo em uma produção de 850,7 mil toneladas de pluma.

“A expectativa é de que as perdas sejam observadas principalmente sobre o algodão safrinha, exposto à seca por período mais prolongado e em fase mais frágil do desenvolvimento”, afirma o consultor em gerenciamento de riscos da INTL FCStone, Éder Silveira.

A colheita na Bahia, segundo principal estado produtor do país, deve se encerrar em meados de setembro, com expectativa de perda em torno dos 30% e 35% entre os cotonicultores devido à estiagem. De acordo com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a produtividade em caroço dos algodoais baianos tem sido constatada em torno de 170 @/ha frente às 261 @/ha em 2015. Por outro lado, não foram relatados danos à qualidade, com os resultados do HVI apontando boas condições da fibra.

O cenário se repetiu em muitas praças brasileiras: o clima desfavorável – em geral resumido por uma seca prolongada – prejudicou o desenvolvimento do algodão nas lavouras. Em alguns casos mais específicos, como no Tocantins, a perda não vem só no volume do produto, como também na qualidade da fibra. Em relação à área plantada para o próximo ciclo, a expectativa é que haja manutenção ou redução na maior parte das praças produtoras.

Produção de algodão 2015/2016 - Fonte: ABAPA, ACOPAR, AGOPA, AMAPA, AMIPA, AMPASUL, APIPA, APPA, IPA e Conab; Elaboração: INTL FCStone

Metodologia

As estimativas realizadas pela INTL FCStone tiveram como base as consultas às associações de produtores e levaram em consideração as condições das lavouras e do algodão colhido de nossos contatos, assim como suas impressões para a situação da cultura em cada microrregião. Os dados do Levantamento da Safra de Grãos da Conab também foram utilizados para balizar as projeções em certos estados. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
INTL FCStone

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário