Safra de algodão na Bahia deve colher cerca de 380 mil toneladas de pluma
Com uma área de 236,7 mil hectares, o estado da Bahia – segundo maior produtor de algodão do Brasil, pretende colher cerca de 380 mil toneladas de pluma nesta safra 2015/2016. O algodão produzido na região oeste da Bahia representa cerca de 98% de toda produção estadual, cultivando uma área de cerca de 227 mil hectares. Já a região sudoeste apresenta uma área de 9,5 mil hectares.
Segundo o levantamento do Programa Fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores do Algodão (Abapa), a produtividade média estimada da Bahia é de 108@/pluma por hectare. “A Bahia sofreu uma redução de área de 14,7%, o algodão está com um preço reprimido internacionalmente, e com a estagnação do consumo da fibra, no mercado interno brasileiro, a situação se agravou. Porém, com a variação cambial o momento está propício para aumento no consumo pelas indústrias, e embora seja um processo lento, previsto para o próximo ano, a perspectiva é de mudança de cenário. Acredito, que em breve retomaremos a área, e no futuro teremos em torno de 500 mil hectares”, disse o presidente da Abapa, Celestino Zanella, em entrevista concedida no dia 17 de março.
A expectativa é de uma boa safra de algodão. “O cenário atual nos mostra lavouras muito bonitas e lavouras em desenvolvimento vegetativo precisando de mais chuva. Assim, ainda não temos perspectiva de safra, para dizer se perdemos ou ganhamos alguma coisa, até então a situação é normal, e estamos trabalhando duramente nas propriedades com foco no controle fitossanitário. Acredito que se tivermos chuvas normais, poderemos ter uma excelente safra de algodão”, afirmou Zanella.
Ações da Abapa - Para o presidente da Abapa, mesmo com todas as dificuldades, o setor tem conseguido fazer um bom trabalho no estado. “Recentemente, a Abapa intensificou, por meio do Programa Fitossanitário, o trabalho nas propriedades. Foram estabelecidos os núcleos agrícolas, liderados pelos próprios produtores, onde está sendo elaborado um manual de boas práticas agrícolas. Nos encontros, experiências têm sido difundidas e multiplicadas, melhorando significativamente o conhecimento de técnicos, agrônomos e dos próprios produtores. Acredito ser esse o caminho para fortalecer, ainda mais, a cadeia do algodão, nesse momento difícil que passa a agricultura no país”, disse Zanella.
Nos últimos cinco anos, em média 53% da pluma foram destinadas ao mercado interno (70% com destino à região sudeste) e 95% do caroço ao mercado norte e nordeste. Em 2015, o volume exportado de pluma do estado, representou cerca de 47% da produção local e teve como principais destinos a China, Indonésia e Coreia do Sul, que juntas absorveram cerca de 57% da produção.
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