Ataque de mosca-branca preocupa cotonicultura em Mato Grosso
A mosca-branca tem sido mais uma vez motivo de preocupação para pesquisadores, técnicos e agricultores de Mato Grosso, onde a safra 2015/2016 da fibra está em fase inicial de plantio. É o que informa o Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), nesta segunda-feira (1/2). Conforme a instituição, a intensidade do ataque da praga tem chamado atenção em todos os núcleos de produção no estado.
O inseto ataca, principalmente, lavouras de algodão e soja. Na cotonicultura, impede o crescimento das plantas na fase inicial do desenvolvimento. Já no final do ciclo produtivo, pode contaminar a fibra de algodão. De acordo com os pesquisadores, a mosca-branca pode, inclusive, utilizar plantas daninhas para se alimentar.
O pesquisador Jacob Crosariol Netto explica que um dos sinais que indicam essa maior pressão da praga nesta safra é o uso de inseticidas, que tem sido mais frequente na fase inicial do ciclo produtivo. Netto diz que há propriedades com duas ou até três aplicações já nesta etapa. Em grande quantidade, afirma ele, os insetos chegam a formar “nuvens” sobre os talhões de algodão e levam o produtor a intensificar as medidas de controle.
“Existem produtos de controle mais geral, geralmente aplicados no início do ciclo, e os inibidores de crescimento dos insetos, usados mais para frente. Com essa intensidade de mosca-branca no campo, a gente vê a aplicação desses produtos específicos já nessa fase da cultura”, detalha o pesquisador.
A diferença entre um tipo de produto e outro não está só na ação contra a praga, mas também no bolso do agricultor. Segundo Netto, um inseticida de uso geral custa, em média, R$ 8 por hectare. Um produto específico pode variar entre R$ 80 e R$ 100 por hectare.
Sistema produtivo e clima
Na opinião do pesquisador, o maior ataque de mosca-branca aos algodoais mato-grossenses está associado, basicamente, a dois fatores: um é o primeiro é o próprio sistema produtivo, em que a fibra é plantada logo em seguida da soja, também é suscetível ao inseto. “No final do ciclo da soja, quando a produtividade já está estabelecida, o produtor deixa de controlar a mosca e ela passa para a produção de algodão”, explica Jacob Crosariol Netto.
Outro fator – mais específico da atual safra – é o clima, que foi bastante seco no início do plantio da soja e mais chuvoso na fase da colheita da oleaginosa e plantio do algodão. “O ambiente mais úmido com a temperatura alta favorece o aparecimento da mosca-branca”, acrescenta o pesquisador do IMAmt.
Leia a notícia na íntegra no site Revista Globo Rural.
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