Produtores de algodão apoiam integração entre Mercosul e União Europeia
Em recente viagem para a VII Cúpula Brasil União Europeia, a presidente Dilma Rousseff disse que a integração entre o Mercosul e a União Europeia contribuirá para a recuperação da economia mundial. Segundo Dilma, os dois blocos nunca estiveram tão próximos de concluir um acordo de livre comércio.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso, o acordo será muito benéfico para todos os setores da economia brasileira, em particular para o agronegócio. “Na atual safra (2013/2014) já exportamos 346.528 toneladas.
Desse total só 3.631 foram destinadas a países da União Europeia. Um acordo como esse significa a abertura de novos mercados, o que facilitaria muito para o produtor brasileiro”, diz Pinesso. Segundo Pinesso, além da possibilidade de exportação de mais algodão, o setor também seria beneficiado pela venda de tecidos e manufaturados da indústria têxtil brasileira. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), ao longo de 2013, só 7,5% da produção brasileira chega aos países do bloco da UE. O presidente da Abrapa acompanhou a comitiva liderada pela Confederação da Agricultura do Brasil (CNA) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para o encontro da Cúpula.
No domingo, 23, um jantar entre os participantes e a presidente serviu para que os setores apresentassem suas opiniões e sugestões ao possível acordo. Segundo Pinesso, Dilma foi muito receptiva às demandas do setor. “Também é preciso reforçar o forte trabalho da senadora Katia Abreu, da CNA e da CNI em promover um encontro tão prestigiado com a presidente. Ela nos ajuda muito por ter acesso direto ao governo federal e ser uma pessoa de alto conhecimento do agronegócio brasileiro”, afirma Pinesso.
Uma nova reunião entre os blocos está agendada para o dia 21 de março, na qual técnicos do Brasil e da UE tentarão alinhavar propostas dos dois blocos para acelerar as discussões. O presidente do Conselho da UE, Herman Van Rompuy, definiu o atual momento das negociações como uma “fase crucial” entre os dois blocos. “Aguardamos com ansiedade por este acordo. Temos certeza de que tanto Brasil e os demais países do Mercosul, quanto União Europeia irão se beneficiar muito desta parceria”, concluiu o presidente da Abrapa.
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