Vazamento de petróleo na Bacia de Campos ( RJ ) dobra de tamanho
O vazamento de petróleo na área do campo de Frade, na Bacia de Campos, não para de aumentar. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o vazamento ainda não foi contido e mais que dobrou de tamanho, formando agora uma mancha de 163 quilômetros quadrados. (16.300 campos de futebol)
O diretor da agência, Florival Carvalho, informou que o vazamento foi provocado pela perfuração de um poço exploratório pela empresa norte-americana Chevron. Com base nisso, o órgão regulador concluiu que a melhor alternativa para o problema é o abandono dos trabalhos no poço por parte da Chevron. “O local deverá ser cimentado”, disse Carvalho. A agência disse em um comunicado que a empresa é “totalmente responsável pela contenção do vazamento”.
A ANP e a empresa avaliam a melhor forma de executar a cimentação do poço que, apesar de ser próximo, não tem ligação com a estrutura de produção de petróleo da Chevron já em atividade em Frade, que registrou no ano passado média de produção de 50 mil barris diários de petróleo.
A Chevron já havia informado sobre a fissura nos últimos dias. “Exsudações de óleo que foram descobertas nas proximidades das operações de perfuração do Campo Frade são a fonte da mancha de óleo na superfície. As investigações sobre as causas dessas exsudações e da mancha continuam”, informou a empresa em sua última nota sobre o incidente, no domingo. Exsudação é a migração da substância, no caso o óleo, de um local para outro.
No comunicado, a Chevron descarta que a atividade de produção de petróleo no campo esteja associada ao vazamento. Mas não menciona o mesmo para a atividade exploratória. “De acordo com inspeções feitas nas instalações do campo, as atividades de produção não estão relacionados com as exsudações e a mancha, e a produção do campo foi mantida”.
Embora a Chevron afirme que o vazamento não irá afetar o ecossistemas ambientalmente sensíveis, o governo teme que baleias e outras espécies de animais marinhos possam ser atingidos.
Chevron diz ter avançado em conter vazamento de óleo no RJ
A Chevron disse nesta terça-feira que o vazamento de óleo na área do campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ), foi aparentemente contido, no primeiro sinal de progresso nas tentativas de deter o avanço do vazamento na região. Um monitoramento da empresa americana mostrou uma "redução significativa" na quantidade de óleo que vazava numa fenda de solo oceânico, disse a empresa em comunicado.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)divulgou ontem ter concluído que a melhor alternativa para o problema é o abandono dos trabalhos no poço por parte da Chevron. O local deverá ser cimentado.
O vazamento, revelado na quinta-feira passada, jorrou um volume estimado entre 400 e 650 barris por dia no mar da região, que fica a 370 km a nordeste do Rio de Janeiro. O comunicado é o primeiro sinal de que as tentativas da empresa de conter o vazamento estão dando certo. O governo iniciou um processo contra a empresa e disse que as perfurações no local provavelmente aumentaram a pressão na região onde o poço está localizado, provocando o vazamento.
O incidente deve aumentar o escrutínio sobre as operações de segurança para perfurações na costa, num momento em que o Brasil busca explorar novas e grandes reservas e se tornar um importante exportador de petróleo.
Analistas dizem que ainda é cedo para dizer se o vazamento atrasaria a exploração de petróleo em águas profundas na região conhecida como pré-sal, que, estima-se, tenha mais de 50 bilhões de barris de petróleo. Os novos investimentos na camada do pré-sal estão estagnados devido à disputas sobre como distribuir os royalties de petróleo entre os Estados brasileiros.
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