Na BM&FBovespa, boi e milho voltam a subir
O gado criado em confinamento elevou a oferta de animais para abate entre outubro e dezembro de 2010, fato que pressionou os preços. Com o término do abastecimento dos frigoríficos com esse tipo de animal, a oferta voltou a cair, fazendo com que os preços subissem novamente no mês passado. "Muitos animais que ficariam prontos para o abate agora acabaram indo para os frigoríficos em dezembro por conta dos bons preços pagos", afirma Élio Micheloni, analista da Icap.
O recorde nos volumes exportados em 2010 e os mais de 6 quilos de café consumidos por cada brasileiro no ano passado - maior patamar já registrado pela indústria nacional - fizeram os preços subirem novamente. Com a valorização de janeiro, foi o oitavo mês consecutivo em que as cotações subiram no Brasil sem qualquer interrupção.
"Os preços do café não voltam mais para os patamares anteriores. Os níveis de negociação foram alterados e já não é mais possível analisar o mercado apenas olhando para o que aconteceu no passado", afirma Eduardo Carvalhaes, diretor do Escritório Carvalhaes. Mesmo com a alta, o analista diz não ver uma corrida no Brasil ou outro país produtor, para ampliação de áreas para café. "Vejo investimentos para aumento de produtividade e redução de custo, mas novas áreas não".
O nervosismo das bolsas internacionais tem influenciado diretamente os preços dos grãos no mercado doméstico. Tanto a soja quanto o milho estão sendo sofrendo na BM&FBovespa os efeitos gerados pelas incertezas climáticas na América do Sul, especialmente na Argentina.
0 comentário
Agronegócio representou 23,5% do PIB da Bahia até o terceiro trimestre de 2024
Dias de Campo COMIGO 2025: conhecimento, inovação e tecnologia no campo
Canadá autoriza fusão Bunge-Viterra de US$ 34 bilhões com condições
Produção recorde de soja pode gerar complicações logísticas e fretes caros; enquanto boi gordo aguarda consumo da segunda quinzena
Preços do petróleo devem sofrer com excesso de oferta em 2025 e 2026, diz AIE
Balança Comercial: São Paulo lidera exportações agropecuárias e registra superávit de R$150 bi em 2024